Por Cosset Lazo Pérez
A ativista recordou que a América Latina e o Caribe vivem hoje uma ascensão da ofensiva do imperialismo estadunidense e das oligarquias aliadas com o propósito de ofuscar governos eleitos de maneira democrática, o que se viu em datas recentes na Venezuela e Nicarágua.
De acordo com Cervantes, com essa atitude, setores da direita internacional pretendem punir a ousadia emancipadora e a defesa da soberania protagonizadas pelos povos da região desde o triunfo da Revolução cubana em 1959.
Lamentavelmente, nos últimos tempos, a ofensiva contrarrevolucionária tem infligido uma série de golpes contra a esquerda, mas só temporariamente, expressou em alusão aos golpes de Estado ou derrotas eleitorais em países como Honduras, Brasil, Argentina e Paraguai.
A mensagem da Ospaaal não é somente de uma firmeza inequívoca em relação ao enfrentamento contra o avanço da direita na América Latina, é também de otimismo diante dos que consideram que chegamos ao fim do ciclo progressista, acrescentou a ativista.
Na avaliação de Cervantes, as revoluções não são cíclicas, são resultado de um processo de acumulação que tem momentos de avanços e de reveses temporários.
Dias atrás, a Ospaaal condenou a tentativa de magnicídio contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, perpetrado no dia 4 de agosto.
Igualmente, repudiou as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos a funcionários e instituições venezuelanas, as quais têm como objetivo desestabilizar a Revolução Bolivariana.
A organização tricontinental também repudiou as tentativas da direita interna e externa na Nicarágua para derrubar o governo do presidente Daniel Ortega.
Fundada há mais de 50 anos e com sede em Havana, a Ospaaal surgiu como resultado da Primeira Conferência Tricontinental realizada em Cuba, em janeiro de 1966.
Entre suas missões se destaca canalizar em um único feixe a solidariedade entre os povos da África, Ásia e América Latina, em torno de suas lutas e reivindicações fundamentais.