Guterres para Israel: O mundo não pode permitir que o Líbano seja outra Gaza

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, Nova Iorque, 24 de setembro de 2024.

HispanTV – O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, Nova Iorque, 24 de setembro de 2024.

O chefe das Nações Unidas, António Guterres, alerta Israel que o mundo não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza, devastada pela guerra israelita.

No seu discurso de abertura da 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), na terça-feira, Guterres alertou que “Gaza é um pesadelo contínuo que ameaça arrastar toda a região para o caos, começando pelo Líbano”.

“Todos deveríamos estar alarmados com está escalada”, destacou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Guterres assegurou que o Líbano está à beira do abismo e que o mundo inteiro “não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza”, exclamou.

Ele criticou o regime israelita por minar uma solução para o conflito israelo-palestiniano de longa data, ao lançar primeiro uma guerra na Faixa de Gaza e agora no Líbano.

O Secretário-Geral da ONU condenou a velocidade e a escala da carnificina e da destruição em Gaza e lembrou ao regime israelita: Como poderia o mundo aceitar um futuro de Estado único (Israel) que inclua um número tão grande de palestinianos sem liberdade, direitos ou dignidade?

Guterres deixou claro que “nada pode justificar o castigo coletivo” que os palestinianos estão a sofrer às mãos de Israel.

Segundo Guterres, essa guerra é diferente de tudo o que aconteceu desde que ele assumiu o cargo de Secretário-Geral da ONU.

O presidente iraniano apela à comunidade internacional para que não permita que Israel transforme o Líbano numa outra Gaza após as ofensivas de Israel no país árabe.

As foças israelitas intensificaram os seus ataques mortais ao Líbano, ignorando os avisos da comunidade internacional de que correriam o risco de espalhar o conflito de Gaza a outras regiões.

Na segunda-feira, o regime israelita, no seu maior ataque desde 2006, matou 558 libaneses, incluindo 50 crianças, e deixou 1.800 feridos.