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sexta-feira, 11 outubro, 2024

Metade das crianças menores de cinco anos na Guatemala sofrem de desnutrição crônica

Cidade da Guatemala, 27 set (Prensa Latina) A desnutrição crônica afeta hoje aproximadamente 50% das crianças menores de cinco anos na Guatemala, a taxa mais alta da América Latina, confirmou um relatório oficial.

As ações realizadas no país só conseguiram reduzir a doença em 17 pontos percentuais nos últimos 50 anos, afirmaram especialistas do Instituto da América Central e do Panamá dedicados ao tema (Incap).

O que foi dito acima significa – observaram – que se a tendência continuar, levaria décadas para que a nação alcançasse os níveis de vizinhos como El Salvador e Honduras.

Na apresentação do texto pelos 75 anos de fundação da entidade, destacaram também que o território Chapín enfrenta um duplo fardo.

Além da desnutrição, observaram, a obesidade e o excesso de peso estão a aumentar e afetam 70 por cento da população adulta.

Esta situação aumentou as taxas de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e doenças cerebrovasculares, também reveladas pelos resultados da “Desagregação de indicadores sobre o estado nutricional materno-infantil nos municípios da Guatemala”.

Durante o simpósio, diversos participantes destacaram a importância de implementar políticas públicas mais focadas e adaptadas às realidades locais.

Descreveram a colaboração entre o governo, a sociedade civil e as organizações internacionais como fundamental para enfrentar o problema de forma abrangente, segundo reportagens da imprensa.

Em Janeiro passado, a administração do Presidente Bernardo Arévalo assumiu o desafio de reduzir as taxas existentes de desnutrição infantil, com decisões coletivas e uma política de desenvolvimento económico.

Ao discursar na primeira reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, no final de Fevereiro, o presidente considerou inaceitável que 50 por cento das crianças menores de cinco anos sofram desta doença evitável.

A desnutrição aguda é o sinal mais claro do fracasso de uma sociedade, da inutilidade do Estado, cuja autoridade não pode ser justificada se não evitar a perda de uma vida por uma causa que é, evidentemente, evitável, afirmou Arévalo.

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