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Sputnik – A pobreza na Argentina aumentou 11,2 pontos percentuais no primeiro semestre e já atinge 52,9% dos seus habitantes. No mesmo período, o número de pessoas em situação de indigência aumentou 6,2 pontos percentuais e afeta 18% da população, revelou nesta quinta-feira (26) o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (INDEC).
A pesquisa, que avalia a situação em 31 aglomerados urbanos da Argentina, aponta que 52,9% da população está em situação de pobreza, cenário que é realidade para 4,3 milhões de famílias — 42,5% do total do país.
O INDEC acrescentou que “a incidência da pobreza registrou um aumento tanto nas famílias quanto nos indivíduos, de 10,7 e 11,2 pontos percentuais respectivamente”.
Em um país com 47 milhões de habitantes, a pobreza aumentou 12,8 pontos percentuais em um ano. No primeiro semestre do ano passado, 40,1% da população vivia nessa condição.
Na comparação do primeiro semestre de 2022 com o mesmo período de 2024, o percentual de cidadãos que não têm o suficiente para viver com dignidade aumentou 16,4 pontos percentuais, ante 36,5% registrados há dois anos.
A situação de indigência, por sua vez, aumentou 8,8 pontos percentuais em comparação com o primeiro semestre de 2023 e 9,3 pontos percentuais ante o mesmo período de 2022.
“A nível regional, foi observado um aumento da pobreza e da miséria em todas as regiões”, afirmou o INDEC.
As maiores incidências de pessoas em situação de pobreza encontram-se no nordeste do país, onde 62,9% da população é pobre, e no noroeste, onde afeta 57% dos habitantes.
O nível mais baixo de pobreza foi encontrado na Patagônia (sul, 49,1%) e na região dos pampas (49,9%).