Panamá, 31 out (Prensa Latina) Cerca de 40 mil centro-americanos solicitaram asilo no decorrer do ano, fundamentalmente em Costa Rica e México, afirma hoje um informe do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Segundo a fonte, entre os motivos para reclamar tal solicitação se destacam violência, perseguição, risco de recrutamento por grupos criminosos e fatores socioeconômicos, entre outros.
A crescente instabilidade e os grandes movimentos gerados na América Central supõem uma dinâmica complexa de deslocamento, que requer respostas integrais e regionais, precisou o estudo.
Ante esta realidade, urge a aplicação do Marco Regional de Proteção e Soluções (Mirps), assinado há um ano entre Belize, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Panamá, além da implementação dos 180 compromissos adquiridos por estes países em 2017, explicou a Acnur.
De acordo com o organismo das Nações Unidas, este marco de responsabilidade compartilhada e trabalho conjunto a médio e longo prazos tem o potencial de oferecer proteção a centenas de milhares de pessoas deslocadas e fixar uma base sólida para fortalecer e viabilizar soluções duradouras.
Em meados de 2018 o número de pessoas forçadas a fugir dos países do norte da América Central cresceu em mais de 311 mil, segundo a Acnur.
Por isso, está previsto que no próximo dia 8 de novembro se reúnam as seis nações assinantes do Mirps para compartilhar avanços e desafios em matéria de refugiados e deslocados durante o primeiro ano de adoção do Marco, e para estabelecer um plano de trabalho para 2019.
Os recentes movimentos migratórios, como a caravana centro-americana que avança para os Estados Unidos, demonstram a necessidade de fortalecer os mecanismos de recepção e admissão, tornar mais eficientes e justos os sistemas de asilo, assegurar a não devolução e de buscar mais iniciativas de integração local, aprofundou o texto da Acnur.
Este é o organismo encarregado de proteger os refugiados e deslocados por perseguições ou conflitos, e promover soluções duradouras a sua situação, mediante o reassentamento voluntário em seu país de origem ou no de acolhida.