© AP Photo / Martin Meissner
Sputnik – O número de grandes empresas indústrias localizadas nos países da União Europeia que anunciaram planos de encerrar atividades entre janeiro e agosto deste ano atingiu o nível mais alto desde o auge da crise financeira global, em 2009. É o que revelou um levantamento da Sputnik com base em dados do Monitoramento Europeu de Reestruturações.
Entre 1º de janeiro a 31 de agosto deste ano, 72 grandes indústrias no bloco comunicaram fechamento. A última vez que o índice foi maior ocorreu em 2009, quando 81 empresas encerraram operações no mesmo período. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, o número foi menor, com 49 encerramentos.
Diferente de anos anteriores, quando a maioria das falências se concentrava na Alemanha, em 2025 as paralisações ocorreram de forma mais equilibrada entre os países.
A Espanha lidera a lista, com 17% dos casos, seguida pela França (14%), enquanto Alemanha e República Tcheca respondem cada uma por 11%. Já na Croácia e na Dinamarca houve apenas um fechamento em cada país.
O encerramento dessas companhias resultou na demissão de 18 mil trabalhadores da indústria — o terceiro maior número da história da União Europeia. Apenas em dois momentos esse volume foi superior: durante a pandemia (18,7 mil demissões) e na crise financeira global de 2009 (27,3 mil).