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segunda-feira, 29 abril, 2024

Liga Árabe rejeita acordo do século feito nos EUA

Cairo,  (Prensa Latina) A Liga Árabe rejeitou neste sabado (01) o chamado Acordo do Século por considerar que viola os direitos e as aspirações mínimas do povo palestino, enquanto pede para respeitar Resoluções internacionais para um trabalho de paz justo.

Em comunicado, a organização regional denunciou as intenções de Israel de implementar com força os termos do plano criado nos Estados Unidos com a complacência de Tel Aviv.

A Liga Árabe pediu o fim da ocupação israelense nos territórios palestinos, a fim de contribuir para o estabelecimento de um Estado soberano para esse povo nas fronteiras pré-1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital, sem esquecer uma solução que garanta o retorno. dos refugiados, diz a declaração destacada pela imprensa egípcia.

Ele também disse que não cooperará de forma alguma com Washington para implementar esta iniciativa.

Tal projeto que, segundo o ocupante da Casa Branca, Donald Trump, foi elaborado ao longo de vários anos, concede aos palestinos autonomia limitada dentro de uma pátria composta por enclaves não contíguos espalhados por toda a Cisjordânia e Gaza.

Esse bloco, que agrupa países que falam o mesmo idioma, reconheceu o direito desse grupo étnico de exercer soberania sobre territórios usurpados, seu espaço aéreo, águas jurisdicionais, recursos naturais e fronteiras com os países vizinhos.

Na reunião extraordinária da organização realizada neste sábado, o presidente Mahmoud Abbas reiterou seu repúdio ao Acordo do Século e disse que seu povo continua comprometido com o fim da ocupação.

Durante seu discurso, Abbas enfatizou que não aceitará a solução proposta por Washington e que não admitirá a Casa Branca como mediadora em qualquer negociação com Tel Aviv.

O líder anunciou que irá a órgãos internacionais, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para explicar sua posição contra o que descreveu como golpe e conspiração americana com o objetivo de favorecer seu principal aliado na região.

Este plano discorda da solução de dois estados com as fronteiras pré-1967 endossadas pela ONU como a única maneira viável de resolver o confronto, o que constituiria uma contribuição significativa a favor da paz no Oriente Médio.

O conflito palestino-israelense deixou milhares de mortos e milhões de deslocados.

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