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terça-feira, 30 abril, 2024

Venezuela rejeita ingerencismo dos EUA que desconhecem vontade popular em eleições regionais

Foto arquivo

Caracas, 17 Oct. AVN.- A República Bolivariana da Venezuela rechaçou as declarações ingerencistas do Departamento de Estado dos Estados Unidos (EUA) que não reconhecem a vontade do povo expressada neste 15 de outubro nas eleições regionais, em que participou 61,14% do eleitorado.

Uma porta-voz do Departamento de Estado questionou nesta segunda-feira o sistema eleitoral venezuelano e fez novas ameaças contra o país.

“Este tipo de declarações somente servem para alentar e apoiar os chamados ao caos, a inestabilidade, a violência e ao extremismo que promove um setor minoritário da sociedade venezuelana que historicamente tem contado com o apoio e financiamento do governo estadunidense”, afirma, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.

As forças revolucionárias venceram em 17 dos 23 estados do país. A proposta apresentada pelos partidos de oposição, reunida na autodenominada Mesa da Unidade Democrática (MUD), elegeu cinco governadores.

Veja abaixo o texto na íntegra:

A Venezuela rechaça categoricamente tentativas do governo dos EUA de desconhecer a vontade do povo venezuelano

A República Bolivariana da Venezuela rechaça categoricamente as tentativas do governo dos Estados Unidos da América de desconhecer a vontade soberana do povo venezuelano, exercida através do voto no último 15/10/2017, em estrito apego a sua Constituição e ordenamento jurídico. O povo venezuelano participou de maneira soberana, pacífica e por abrumadora maioria em tais eleições para eleger, mediante o voto universal, direto e secreto, os governadores dos 23 estados do país.

Os pronunciamentos do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América não surpreendem nem ao povo nem ao governo venezuelano pois, como tem sido durante os últimos anos, os resultados das eleições venezuelanas e a vontade de seu povo são desconhecidas pela administração estadunidense, imediatamente depois de que os mesmos são anunciados pelo máximo organismo venezuelano em matéria eleitoral.

Este tipo de declarações somente servem para alentar e apoiar os chamados ao caos, a inestabilidade, a violência e ao extremismo que promove um setor minoritário da sociedade venezuelana que historicamente tem contado com o apoio e financiamento do governo estadunidense.

Neste sentido, denunciamos mais uma vez ante a comunidade internacional a sistemática campanha de agressões, ameaças e ingerência por parte da administração estadunidense contra a Pátria de Bolívar, em clara violação das normas e princípios que devem reger as relaçoes pacíficas entre os Estados, nesta ocasião contra seu sistema eleitoral, apesar que o mesmo tem sido reconhecido como um dos mais confiáveis em nível internacional, ao oferecer constância física do ato de votação eletrônica e de gozar de várias fases de auditoria que garantem tanto a transparência do ato como a pulcritude do sistema.

O êxito das eleições realizadas no último 15/10/2017, que contaram, além disso, com a costumeira presença de reconhecidos acompanhantes nacionais e internacionais que deram fé do processo, são uma mostra irrefutável da vontade e determinação do povo venezuelano para resolver suas diferenças pela via democrática e através do diálogo político, assim como de sua vocação pacifista e de seu inquebrantável desejo por consolidar a estabilidade social do país.

A República Bolivariana da Venezuela, ao reafirmar seu caráter independente e soberano, condena energicamente as ameaças do Governo do Presidente Donald Trump de impor seu poder econômico e diplomático ao povo venezuelano por decidir ser dono de seu destino, sem ingerência de nenhum tipo, no âmbito de seu vibrante modelo de democracia participativa e protagônica.

Caracas, 16 de outubro de 2017

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