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quinta-feira, 21 novembro, 2024

Hermenêutica da Desigualdade: uma epistemologia genuinamente brasileira conforme sonhou a Semana de Arte Moderna.

Taurino Araújo inova a teoria do conhecimento ao inserir a desigualdade entre os conceitos jurídicos fundamentais

Hermenêutica da Desigualdade.

Para Eduardo Boaventura, a Hermenêutica da Desigualdade é uma teoria mundial do direito e das ciências sociais, criada por Taurino Araújo, que considera a desigualdade conceito fundamental para a solução de problemas com utilização ampliada aos negócios, saúde, governo, educação, terapias, pedagogia e terceiro setor a partir dos variados âmbitos da Hermenêutica em geral, da Filosofia, Sociologia, Economia, História, Cibernética, Antropologia, Semiótica e do Direito.

Mario Nelson da Costa Carvalho, autor do artigo Taurino Araújo, pensador do agora, enxerga nesse processo teórico a importância da construção tauriniana da figura do receptor também protagonista para as Pedagogias Ativas de Aprendizagem: “quem sabe se situar conforme a sua diferença dispõe de mais independência de sentimento, pensamento e ação. Destarte, ao remeter a situação determinada, recorrente em diversos sistemas de justiça, este método criado por Taurino Araújo não apenas identifica desigualdades, mas as diminui, ao ampliar possibilidades tanto individuais quanto coletivas”.

Trata-se de saber elaborado para que a análise das sentenças judiciais e dos processos sociais, individuais e criativos parta do mapeamento o mais abrangente possível da realidade; depois, formule respostas provisórias com base na “lei” e no conhecimento; a seguir, formule perguntas e dúvidas apropriadas em face das respostas provisórias e, por último, estabeleça respostas definitivas dentro da aplicação de uma “lei” específica, tendo em vista realidade-dogmática-zetética-dogmática.

Do ponto de vista da criatividade, Taurino Araújo é o que se pode chamar de um Big C, ou seja, um sujeito reverenciado por sua contribuição criativa de alto impacto, reconhecida em 19 áreas do conhecimento.

É, portanto, uma epistemologia genuinamente brasileira — afora a verdade absoluta [conforme sonhou a Semana de Arte Moderna, em sua tensão por consagrar o canônico brasileiro e ao mesmo tempo ser o anticanônico da ruptura — e, por isso, considerada por Nelson Cerqueira um monumento inovador au-delà de Sócrates, Platão e Aristóteles.

Um estado de letra, ciência e arte.

Para Antônio Menezes Filho (2022), teríamos no estado de letra, ciência e arte na metodologia desenvolvida por Taurino Araújo, exemplificação daquela verdadeira predisposição para captar não apenas “grandes ideias”, mas os subprodutos da vida diária, os sonhos, os trechos de conversa ouvidos na rua, os “pensamentos marginais”, do cultivo do “espírito alegre”, a que se refere Charles Wright Mills, que  anima a “imaginação sociológica” e possibilita, por exemplo, “uma combinação de ideias que não supúnhamos combináveis” a (…) “um interesse realmente muito grande em ver o sentido do mundo que falta aos [meramente] técnicos”.

“Desde Aristóteles, há mais saber e conhecimento nos universais da arte do que nos particulares da técnica (enquanto a mera experiência se refere apenas ao quê, arte é conhecimento da causa) decorrente de uma genial sacada, diria Manuela Motta: ‘em Taurino Araújo, a intuição ou ‘pressentimento’ do todo (Jean Grondin) espetacularmente ocorre sem prejuízo da concepção do particular que, aqui, coincidirá com o próprio desigual”, lembra Menezes.

Segundo ele, a Hermenêutica da Desigualdade de Taurino Araújo é “dissertação sobre a saga bem-sucedida que finalmente nos permite ser enxergados [lá fora] pelos “pelos critérios da diferença e da autenticidade” (Oswald de Andrade), através do envolvimento de seus leitores com o destino de todos nós, os personagens por ele retratados, “os receptores também protagonistas” dessa leitura que insere a desigualdade entre os conceitos jurídicos fundamentais, com evidente influência socioliterária mundial”.

Quando a autenticidade concebe um Humanismo genuinamente brasileiro

A recepção da Hermenêutica da Desigualdade de Taurino Araújo em âmbito mundial, segundo Menezes, nos permite ser enxergados lá fora, em termos científicos por aqueles “critérios da diferença e da autenticidade” (Oswald de Andrade).

Segundo Camilo de Lélis Leite Matos, na construção de seu Humanismo Genuinamente brasileiro de Taurino Araújo, o olhar antropológico é relativista e periférico, mas aposta em um funcionalismo eclético, consistente no reconhecimento das desigualdades em face da ineficácia do conceito de igualdade formal e, por isso, apela para a aproximação de distâncias, através da potencialização da ação do sujeito em desvantagem, que pode, inclusive, romper com “a probabilidade de [se] encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis”, a que se refere Max Weber.

Nesse sentido, o humanismo em Taurino Araújo observa, igualmente, as condições necessárias, dentro desse funcionalismo eclético para o funcionamento de uma cidadania plena e, ao mesmo tempo, aberta, tanto para o aprimoramento quanto para a mudança, com o que invoca, novamente, Bronislaw Malinowski, quando se refere ao surgimento de novas necessidades, quiçá desejos infinitos:

Um padrão cultural, contudo, significa que novas necessidades se impõem e novos imperativos ou determinantes são inculcados ao comportamento humano. A tradição cultural, é claro, tem de ser transmitida de cada geração para a geração seguinte. Os métodos e mecanismos de caráter educacional devem existir em toda cultura. A ordem e a lei têm de ser mantidas, uma vez que a cooperação é a essência de toda a realização cultural. Em toda comunidade devem existir disposições para a sanção de costumes, ética e leis. O substrato da cultura tem de ser renovado e mantido em condições de funcionamento. Por isso, algumas formas de organização econômica são indispensáveis, mesmo nas culturas primitivas.

Através dessa estratégia, com o seu “receptor também protagonista”, Taurino Araújo desmistifica a ideia colonialista, não em termos de diferença, que lhe parece óbvia, mas de superioridade e de subserviência. Por isso, através de sua Hermenêutica da Desigualdade, Taurino Araújo criou uma epistemologia genuinamente brasileira, afora o conceito de verdade absoluta, conforme observa Pedro Lino de Carvalho Jr., e assim, tardiamente, se dá essa “consagração do canônico brasileiro e do anticanônico da ruptura”, conforme pretendeu a Semana de Arte Moderna, 95 anos depois, e o auge de inédito Direito Comparado acessível a todos, conforme Camilo de Lélis Leite Matos:

Tal ocorre quando, cientifica e ordenadamente, Taurino se desprende do contingenciamento histórico de como era — e tem sido — a lei dos livros (law in the books), na qual, v.g, o racismo estrutural e outras formas de discriminação, dissimulados, se inserem. Na prática, diria Antônio Menezes Filho, que Taurino Araújo retoma para si função das ciências sociais e da filosofia antes entregue à literatura (Antonio Candido) qual fosse a de suprir lacuna histórico-cultural e identitária com vistas à autoevidência desse direito [de usufruir a diferença com dignidade], lembra Mario Nelson Carvalho, concretizadas “as possibilidades individuais e coletivas de superação” ao se referir à Hermenêutica da Desigualdade como sendo um método que não apenas as identifica, mas as diminui.

Pluralidade de temas

Esse apelo multiidentitário de Taurino Araújo, jurista, pensador, advogado, precoce opositor à Ditadura Militar no Brasil é  contemplador do reconhecimento das diferenças e da aproximação de distâncias e isso talvez explique a produção de tantos e diversificados comentários sobre Taurino Araújo e a sua obra, sobra a qual refletem os seus comentadores vindo das mais diversas especializações do direito, de outras ciências, gerações e matrizes de aprendizagem traduzidas na variegada fortuna crítica.

Além de autor da Magnum Opus Hermenêutica da Desigualdade: uma introdução às Ciências Jurídicas e também sociais, ele é especialista em Gestão de pessoas, carreiras, liderança e coaching pela Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, uma das mais renomadas do mundo em tal especialidade.

Quem é Taurino Araújo, o autor de Hermenêutica da Desigualdade.

              Taurino Araújo é escritor, jurista e advogado. Sua Hermenêutica da Desigualdade é considerada pela crítica uma Epistemologia genuinamente brasileira conforme sonhou a Semana de Arte Moderna, consagradora do canônico brasileiro e do anticanônico da ruptura com incursão em 19 áreas do conhecimento.

Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social Argentino (Buenos Aires), especialista em Planejamento Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira (Rio de Janeiro), Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC, 1993, integrou a luta pela estadualização da Universidade. Especialista em Gestão de Pessoas: Carreiras, Liderança e Coaching pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).  Especialização em História e Antropologia, Faculdade Serra Geral – Minas Gerais, 2022.

Uma das personalidades baianas mais comentadas do nosso tempo, Taurino Araújo nasceu em Jequié a 25 de dezembro de 1968 e cursou o Primário no Educandário Humberto de Campos. Formou-se em Magistério pelo Colégio Estadual de Ubatã, 1985. Vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes da Federação das Escolas Superiores de Ilhéus – Itabuna – FESPI. Formou-se em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, 1993, Itabuna – Ilhéus. Integrou a Luta pela Estadualização da Universidade, autor de Hermenêutica da Desigualdade: uma introdução às ciências jurídicas e também sociais. Del Rey, 2019.

A  Magnum Opus de Taurino Araújo foi recepcionada em plena pandemia pelas bibliotecas do Ibero- Amerikanisches Institut Preußischer Kulturbesitz, Bibliothek (Instituto ibero-americano de Berlim); Stanford University Libraries; BIS – Sorbonne e United Nations Geneva Unog Library-Biblioteca da ONU, Bibliotheca Alexandrina e Biblioteca Nacional da França dentre outros, sobre a qual  já foram produzidos mais de 60 seguintes trabalhos científicos, a título de fortuna crítica, em pelo menos 19 áreas do conhecimento.

Secretário do Ano – Ubatã. Medalha Thomé de Souza – Câmara Municipal de Salvador – CMS, 2011. Título de Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira, maior honraria do Estado. Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 2013.

Cidadão Honorário de Salvador – CMS, 2009. Cidadão Honorário de Gongogi – CMG, 2009. Título de Cidadão Feirense, Câmara Municipal de Feira de Santana, 2016.

Sessão Especial da Câmara de Vereadores de Itabuna comemorativa do Cinquentenário de Taurino Araújo, com debate sobre a sua Hermenêutica da Desigualdade e reflexos na Universidade e Ensino Públicos e Gratuitos. Moção de Congratulações da Câmara de Vereadores de Itabuna pelo transcurso do Cinquentenário de Taurino Araújo e sucesso de sua Hermenêutica da Desigualdade: Uma Introdução às Ciências Jurídicas e também Sociais, 2019. Destaque 2018 – Amigo do Hapkido, Confederação Brasileira de Hapkido, 29 de maio de 2018.

Investidura na patente de Grande Inspetor Geral da Ordem, Grau 33, pelo Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, 2022. Membro Honorário do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil. Placa-moção de Honra ao Mérito ao cidadão Taurino Araújo – Secretaria de Educação, Ubatã, 2022. Título 10 anos de Maçonaria Regular – Loja Maçônica Francisco Borges de Barros de Estudos e Pesquisas Maçônicos nº 137, Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB), 2022.

Sócio Efetivo do Trissecular Instituto dos Advogados da Bahia – IAB.

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