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Sputnik – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou nesta terça-feira (19) o envio de minas terrestres antipessoal para a Ucrânia, informou o The Washington Post ao citar dois funcionários do governo norte-americano. Este tipo de minas é proibido em mais de 160 países por conta dos riscos que representa à população civil.
A medida, segundo relatos, busca ajudar Kiev a conter o avanço das forças russas em meio à operação militar especial. Um dos funcionários afirmou que os legisladores ucranianos prometeram não usar as minas em áreas densamente povoadas.
A decisão acontece dias após a Casa Branca também ter autorizado o uso dos mísseis norte-americanos de longo alcançar ATACMS contra o território russo pela Ucrânia.
“O envio de minas terrestres antipessoal à Ucrânia também é potencialmente controverso, embora por razões diferentes: mais de 160 países assinaram um tratado internacional proibindo o seu uso, observando que essas armas indiferenciadas podem causar danos duradouros a civis”, informou o jornal.
A Rússia declarou repetidamente que o fornecimento de armas à Ucrânia dificulta a resolução do conflito e envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no confronto. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carga contendo armas destinadas à Ucrânia é um alvo legítimo para a Rússia.
Ucrânia usada pelo Ocidente
Políticos ocidentais estão tentando usar a Ucrânia como instrumento para infligir uma derrota estratégica à Rússia, declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, à Sputnik, ao comentar a permissão dos EUA para a Ucrânia utilizar mísseis fornecidos pelo Ocidente em ataques em profundidade ao território russo.
“Os políticos ocidentais continuam seguindo a linha de tentar impor uma derrota estratégica à Rússia e, naturalmente, usam a Ucrânia como instrumento para alcançar esse objetivo“, declarou o porta-voz nesta terça.