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sexta-feira, 19 abril, 2024

Bolsonaro, o recuo da azêmola

Por Sérgio Jones*
Mais uma vez a patética figura do presidente Jair Bolsonaro recua diante das suas constantes afirmações e ações adotadas, de forma totalmente irresponsável, o que vem causando sucessivos problemas para a condução administrativa, minimamente necessária, que possa promover e permitir o pleno e seguro desenvolvimento de uma nação, do porte do Brasil.
A eleição do Bolsonaro aconteceu devido a acidentes e escorregos que ocasionalmente acontecem, ao longo da história. Tais falhas provocam recuos que custam caro a sociedade. Isso está a acontecer neste momento.
Como sempre os erros de uma maioria, nem sempre preparada politicamente e conhecida popularmente como massa de manobra. Justamente é este segmento social que acaba sendo atraído pelas luzes e o brilho da ribalta.
Se deixa envolver e seduzir por elementos oportunistas e demagogos de plantão, que acabam conquistando mentes e corações, dos mais incautos. O resultado dessa bizarra equação os permitem galgar cargos, para os quais não estão devidamente preparados.
Existe um velho e sábio provérbio que diz: “O poder atrai os piores, e corrompem os melhores”. Tal sentença nunca foi tão verdadeira como agora. Erros históricos resultam em sérios prejuízos que acabam comprometendo e prejudicando o frágil tecido social. O resultado de toda essa realidade macabra tem nos custado e provocado um profundo retrocesso, que contribui de forma sistemática para o aumento perverso e criminoso da pauperização do povo brasileiro.
O Brasil sob o comando e a batuta do atual e atávico presidente vem sofrendo um profundo retrocesso no seu calendário histórico. Bolsonaro afirmou ontem (27), na sua live semanal no Facebook, que não está estimulando protestos contra o Congresso Nacional e o Judiciário, e pediu “serenidade” e “responsabilidade”.
Ele refutou informações, veiculadas nos últimos dias, pela imprensa, de que estaria apoiando atos previstos para o próximo dia 15 de março, e que teriam, entre as pautas anunciadas, de acordo com as notícias, pedidos de fechamento do Legislativo e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dentre inúmeras observações cínicas feitas pela triste figura, destaque ao afirmar respeitar os Poderes constituídos e que quer ver os projetos enviados pelo governo sendo votados no Congresso Nacional. Como é do conhecimento de todos, boa parte das suas iniciativas dependem do Legislativo.
Se dependesse da explícita vontade desse projeto de ditador tupiniquim, ele e sua corja de plantão já estariam comandando o país de forma totalmente ditatorial, ao que parece, opção tão ao gosto de alguns milicos saudosistas do período da ditadura iniciado na trágica data de 1964. Uma mancha indelével e trágica de nossa história.
*Sérgio Jones, jornalista (seergiojones@live.com)

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