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sexta-feira, 19 abril, 2024

Autoridades britânicas concordam em Assange se casar na prisão

Londres (Prensa Latina) Autoridades britânicas deram ao fundador do WikiLeaks Julian Assange permissão para se casar na prisão, onde ele aguarda uma decisão dos juízes sobre seu pedido de extradição para os Estados Unidos, disse neste sabado (13) sua sócia, Stella Moris.

Julian e eu agora estamos autorizados a casar na prisão de Belmarsh, disse no Twitter a sócia do jornalista australiano.

Moris, quem teve dois filhos com Assange durante o asilo do ciber-ativista na embaixada equatoriana em Londres (2012-2019), havia iniciado, na semana passada, uma ação judicial contra o Ministro da Justiça Dominic Raab e o governador da prisão por negar-lhes permissão.

“Estou aliviada, mas ainda zangada por ter sido necessário recorrer a uma ação judicial para impedir a interferência ilegal em nosso direito de casar”, disse Moris, que também é advogada e faz parte da equipe de defesa de Assange.

Moris não adiantou detalhes sobre a data de seu casamento com o fundador do WikiLeaks, que está preso na prisão de segurança máxima de Londres desde que o governo equatoriano o entregou às autoridades britânicas em abril de 2019.

Após serem condenados a 50 semanas de prisão por violação de uma fiança imposta pelo judiciário britânico em 2012 em conexão com um caso de acusação sueco que posteriormente caducou, os juízes decidiram deixá-lo na prisão até decidir sobre uma ordem de extradição apresentada pelos Estados Unidos.

Em janeiro passado, um juiz se opôs à extradição de Assange depois que especialistas citados pela defesa advertiram que ele poderia cometer suicídio em uma prisão norte-americana.

Em uma audiência de recurso no final de outubro, os promotores contestaram a decisão do juiz e disseram que o fundador do WikiLeaks não estaria sujeito a um regime prisional extremo se julgado e condenado nos EUA. Após ouvir os argumentos de ambos os lados, os juízes do Supremo Tribunal de Londres anunciaram que levariam tempo – alegadamente quatro a seis semanas – para chegar a um veredicto.

O Departamento de Justiça dos EUA está procurando processar Assange por publicar no WikiLeaks milhares de arquivos secretos expondo crimes de guerra cometidos pelos militares americanos no Iraque e no Afeganistão, e centenas de cabos diplomáticos contendo informações sensíveis sobre líderes e governos estrangeiros.

Se o pedido de extradição for bem sucedido, Assange poderá ser condenado a um total de 175 anos de prisão em 17 acusações criminais relacionadas a supostas violações da lei de espionagem dos EUA.

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