A AEPET tem se posicionado de forma enfática na defesa da pesquisa exploratória na Margem Equatorial Brasileira
Chefes de Governos e de Estados representando os 8 países que compõem a Organização do Tratado da Cooperação Amazônica (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) divulgaram, nesta terça-feira, (08) a Declaração de Belém, com 113 pontos para preservar o bioma amazônico. A OTCA é decorrência do Tratado de Cooperação Amazônica, de 3 de julho de 1978, iniciativa do então presidente Ernesto Geisel. Em dezembro de 1995, os oito países membros criam a OTCA.
A reunião dos mandatários ocorreu paralelamente aos Diálogos Amazônicos, que reuniram mais de 27 mil pessoas em mais de 400 eventos, debates e discussões: movimentos sociais, povos originários de todos os países, acadêmicos e estudiosos, governantes locais e também representantes de organizações financeiras lá estavam.
Ao fim da cúpula, foi divulgada a Declaração de Belém que trouxe uma vitória da diplomacia brasileira ao não mencionar a possibilidade de barrar novos projetos de exploração de petróleo na Amazônia, porém citando a ideia de iniciar um diálogo sobre a sustentabilidade dos setores de mineração e hidrocarbonetos na região.
Foi um claro embate entre os presidentes Lula e Gustavo Petro, da Colômbia, que chegou a classificar frentes progressistas de negacionistas em relação às questões climáticas e insistia na inclusão de um compromisso com a não abertura de novas frentes de exploração de petróleo na região.
Lula também se referiu aos países desenvolvidos e suas tentativas de criminalizar as nações mais pobres: “Não podemos aceitar um neocolonialismo verde que, sob o pretexto de proteger o meio ambiente, impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias”, afirmou Lula.
A AEPET tem se posicionado de forma enfática na defesa da pesquisa exploratória na Margem Equatorial Brasileira. Felipe Coutinho, vice-presidente da Associação, afirma: “as perfurações a serem feitas ainda são de caráter de pesquisa para os estudos de viabilidade comercial. Segundo ele, apesar de a necessidade de proteção ao meio ambiente, é descabido o órgão ambiental ter uma posição tão radical e unilateral”.
“Isso tem que ser revisto e discutido dentro do governo. O Ibama precisa reavaliar suas posições e a Petrobrás, se tiver alguma pendência, precisa esclarecer o que for necessário para que se progrida”, defende o engenheiro.
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