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quinta-feira, 19 setembro, 2024

Ministro da Integração Dominicano denuncia violação da soberania

Santo Domingo, 18 set (Prensa Latina) O ministro dominicano de Políticas de Integração Regional, Miguel Mejía, garantiu hoje que a recente apreensão de um avião oficial venezuelano pelos Estados Unidos neste território constitui uma violação da soberania nacional e do direito internacional.

“O que procuram essas agências ao nos dar ordens aqui?”, perguntou o secretário-geral do Movimento da Esquerda Unida (MIU), referindo-se ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Ele alertou que o referido Departamento utilizou uma tática de retardamento para manter as aeronaves sequestradas na República Dominicana.

O responsável afirmou que está entidade recorreu primeiro para um juiz que se recusou a pronunciar-se sobre o sequestro da aeronave e depois recorreu a Kenya Romero, juiz do Sétimo Tribunal de Instrução do Distrito Nacional, que autorizou a detenção.

Mejía reiterou que “…a soberania da República Dominicana foi violada e foi realizada uma ação que viola o direito internacional” ao entregar a aeronave a Washington.

No início deste mês, o chanceler dominicano, Roberto Álvarez, desassociou a atual administração e o Ministério Público da investigação realizada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que concluiu com o confisco neste território de um avião da Venezuela.

Álvarez disse à imprensa que a aeronave esteve aqui para fins de manutenção e sustentou que o Ministério Público entregou o avião àquele país após receber uma ordem judicial, em resposta a um pedido do Departamento de Justiça do país nortenho.

Explicou que esta organização solicitou desde Maio passado a paralisação do navio “para a realização de buscas de provas e objetos ligados a atividades de fraude e contrabando…”.

Perante esta situação, o Itamaraty acusou os Estados Unidos de usarem o seu “poder económico e militar para intimidar e pressionar países como a República Dominicana, para que sirvam de cúmplices nos seus atos criminosos”.

Caracas descreveu o acontecimento como parte de uma escalada de ações ilegais contra o governo de Nicolás Maduro e alertou que se reserva o direito de tomar qualquer ação legal para reparar estes danos.

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