É o desejo de Bolsonaro, através do projeto de lei 1.583/22, discutido à surdina no Congresso.
A denúncia é do engenheiro e professor da USP, Ildo Sauer. “Bolsonaro torra o pré-sal na penumbra para engordar orçamento secreto”, publicada pela AEPET (https://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/8256-bolsonaro-torra-o-pre-sal-na-penumbra-para-engordar-orcamento-secreto-denuncia-ildo-sauer)
Sauer, que foi diretor da Petrobrás, alerta que o PL 1.583 ao privatizar a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) acaba com o Fundo Social, criado pela Lei 12.351/10, instituído para ser a fonte de financiamento do desenvolvimento social do país a partir da renda formada pelas atividades de produção e exploração do petróleo.
Os recorrentes ataques à Petrobrás, com a privatização fatiada, à Lei de Partilha e agora à PPSA é política clara de afronta à Soberania Nacional, entregando os recursos naturais do país à sanha dos interesses estrangeiros.
Os dois primeiros capítulos do livro “A História da Petrobrás”, que o jornalista José Augusto Ribeiro escreve a convite a AEPET mostram o quão difícil foi para o Brasil assumir a autonomia na produção e refino do petróleo. Mas tudo isso está sendo desfeito numa velocidade impressionante. Em breve, a terceira e última parte do livro estará disponível, exatamente mostrando este período tenebroso.
A Europa se vê de joelhos diante da sua dependência crônica do gás russo. Insistindo em apoiar as sanções econômicas impostas pelos EUA, a Comunidade Europeia deve aprovar uma lei para taxar em 33% o lucro das empresas de energia obtidos neste ano com o faturamento extra colhido às custas da população. A intenção é arrecadar 160 bilhões de euros para mitigar os custos com o aumento nas contas de energia.
No Brasil, desde 2016, as gestões da Petrobrás impuseram a sórdida política do Preço Paritário de Importação (PPI), engordando os lucros da empresa em detrimento da população e da economia. As recentes quedas nos preços dos combustíveis aconteceram por via de emendas à Constituição (que estão sendo questionadas no STF), que impõem perdas importantes de receitas de Estados e Municípios, enquanto a direção da Petrobrás distribui dividendos acima dos R$ 80 bilhões que, em grande parte, vai para investidores estrangeiros. Mas não se mexe no PPI e as medidas tomadas valem apenas até o fim deste ano. O que será de 2023?
Ao detonar o Fundo Social, que deveria ser uma poupança para nosso futuro, distribuindo a renda petroleira para os brasileiros. Segundo Ildo Sauer, O futuro do Brasil está sendo negociado nas “penumbras”, em troca de uma antecipação de R$ 398 bilhões que não irãom mais para o Fundo Social e, sim, para abastecer a roubalheira do orçamento secreto e outras falcatruas.
ENERGIZANDO
*O futuro da indústria será discutido em seminário na sede da FUP
https://fup.org.br/o-futuro-da-industria-sera-discutido-em-seminario-na-sede-da-fup/
**EUA avançam para transformar usinas a carvão em plantas nucleares
***”Nenhum outro produtor pode aumentar o fornecimento de gás para a Europa como a Gazprom”
https://actualidad.rt.com/actualidad/441704-gazprom-nord-stream-suministros-europa