EUA: Biden abandona corrida à reeleição e apoia Kamala Harris

Ele apoiará a candidatura de sua vice-presidente Kamala Harris, que disse há poucos dias estar perfeitamente qualificada para ser presidente.

A gota d’água foi o fraco desempenho de Biden em 27 de junho, durante o debate presidencial com seu rival republicano, Donald Trump, onde disse ter tido “uma noite ruim”.

“E embora a minha intenção tenha sido procurar a reeleição, acredito que é melhor para o meu partido e para o país que eu me aposente e me concentre apenas no cumprimento das minhas obrigações como presidente durante o resto do meu mandato”, escreveu Biden, em uma carta que publicou em sua conta na rede social X.

Conforme explicou, ele falará “à Nação ainda esta semana com mais detalhes sobre minha decisão”.

Em outra mensagem na própria plataforma, Biden deu “total apoio e endosso” a Harris como candidato do Partido Democrata.

O presidente teve que cancelar sua campanha em Las Vegas esta semana após testar positivo para Covid-19 e se isolar em sua residência em Delaware.

As atenções sobre sua saída já estavam sobre a mesa, pois se especulava que neste final de semana ela seria anunciada após consulta familiar sobre o assunto.

Pelo menos 35 congressistas democratas apelaram publicamente à saída de Biden da corrida, uma pressão crescente também apoiada por quase todos os principais meios de comunicação dos Estados Unidos.

Entre os membros do Capitólio que convocaram o presidente para o capítulo estão o senador Sherrod Brown e os deputados Adam Schiff e Jamie Raskin.

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, e o ex-presidente Barack Obama também expressaram preocupação com o fato de o caminho de Biden para a vitória ter se estreitado.

Alguns relatórios dizem que a campanha de Biden esperava arrecadar apenas 25% do dinheiro dos doadores que havia originalmente projetado arrecadar em julho.

A decisão ocorre um mês antes da realização da Convenção Nacional Democrata em Chicago, Illinois, onde ele seria oficialmente nomeado candidato daquela força política.

O 46º Presidente, de 81 anos, não conseguiu reverter o sentimento crescente dentro do seu partido de que era demasiado frágil para servir e estava destinado a perder para Trump em Novembro.