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sexta-feira, 29 março, 2024

Venezuela reivindica que Banco da Inglaterra devolva mais de US$ 1 bi em ouro, noticia Reuters

AMÉRICAS

Banco Central da Venezuela iniciou uma ação legal para forçar o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla e inglês) a liberar mais de um bilhão de dólares (R$ 5,7 bilhões) em ouro de seus cofres para combater a crise da COVID-19, segundo Reuters.

Apresentada em um tribunal de Londres em 14 de maio, a reinvindicação diz que Caracas precisa do ouro de volta para comprar equipamentos de saúde, remédios e alimentos para enfrentar a “emergência da COVID-19”.

Estimados em US$ 1,7 bilhão (R$ 9,7 bilhões), os ativos venezuelanos estão mantidos nos cofres do banco central britânico assim como as reservas de ouro de muitos países em desenvolvimento.

Contudo, a Venezuela não conseguiu recuperar seus ativos de Londres devido à pressão política dos EUA, que vêm tentando depor o presidente Nicolás Maduro.

Pedido rejeitado

“A demora do Banco da Inglaterra está prejudicando gravemente a Venezuela e os esforços da ONU para combater a COVID-19 no país”, declarou Sarosh Zaiwalla, advogado de Londres que representa o banco central britânico, citado pela agência de notícias.

Uma vez vendidos pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), os fundos são transferidos para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Em janeiro, o BoE rejeitou o pedido de Caracas de retirar US$ 1,2 bilhão em ouro. A Bloomberg informou na época que a recusa ocorreu após o pedido de autoridades americanas para ajudar a cortar o governo Maduro de seus ativos no exterior.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, segurando barra de ouro (imagem de arquivo)
© REUTERS / PALÁCIO DE MIRAFLORES / HANDOUT
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, segurando barra de ouro (imagem de arquivo)

Caracas mergulhou profundamente na crise política depois que o líder da oposição Juan Guaidó se declarou presidente interino após pedidos norte-americanos de mudança de governo na Venezuela. Enquanto oferece apoio a Guaidó, Washington tem como alvo a Venezuela com várias rodadas de sanções, prejudicando as finanças do país. As restrições incluem o setor de petróleo vital do país, que responde pela maior parte de suas receitas.

Sputnik

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