Montevidéu (Prensa Latina) A pecuária uruguaia aguarda nesta quarta (22) a confirmação de um caso de “vaca louca” no Brasil, que pode ter repercussões em um setor de grande importância para este país e para a região.
Pecuaristas daqui estão atentos às informações do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, que notificou um caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no estado do Pará.
As autoridades sanitárias brasileiras aguardam a segunda análise, para confirmação, que determinará os passos a seguir.
Os especialistas daqui não minimizam o risco para o Uruguai, embora o caso sob suspeita tenha ocorrido no norte do território brasileiro e longe daqui.
Tanto em 2019 quanto em 2021, o Brasil apresentou casos atípicos de “vaca louca” sem oferecer risco ao vizinho uruguaio.
Além disso, o Uruguai possui controles que lhe valeram a certificação como país livre de EEB em 2006 pela Organização Mundial de Epizootias.
Do ponto de vista comercial, se a doença se confirmar, poderá impactar as compras uruguaias de carne bovina do Brasil, que no ano passado somaram cerca de 80 milhões de dólares.
Eventualmente, o Uruguai poderá se beneficiar com a exportação de maiores volumes de carne para a China, embora não se deva esquecer que boa parte dos firogrificos daqui são brasileiros.
A maior preocupação nos dias de hoje prende-se com a emergência sanitária decretada pela gripe aviária, até agora limitada às aves selvagens, e cuja propagação poderá afetar a avicultura nacional.
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