De acordo com a reportagem publicada na última quarta-feira (6) pelo site da revista norte-americana “Forbes”, os dados estatísticos da empresa de consultoria “Kantar Media” demonstram que 41% dos consumidores chineses entrevistados planejam gastar 32,2 mil dólares (cerca de 210 mil de yuans) ou mais dinheiro para a aquisição de novos carros.
Em termo de comparação, apenas 14% dos consumidores alemães, 10% dos consumidores britânicos e australianos, 5% dos consumidores espanhóis e 4% dos consumidores franceses tencionam gastar o mesmo volume de dinheiro para o mesmo efeito. Em certo sentido, esses dados também mostram a confiança do mercado e a psicologia dos consumidores.
A economia mundial está numa fase de reajustamento e transformação profunda. Se for dada somente atenção aos índices do PIB, do transporte ferroviário, produção de ferro, exportação, comércio com o exterior e investimento fixo, não é possível observar com precisão a situação geral do desenvolvimento econômico. Não podemos ignorar que a nova tendência de preferência dos consumidores já se tenha tornado um importante elemento para influenciar o padrão do crescimento econômico.
A observação da economia de um país tem que depender da análise e do julgamento das suas condições nacionais. Por exemplo, os norte-americanos valorizavam muito o “índice do champanhe”. Eles consideravam que era possível usar o volume de consumo de champanhe para estimar o rendimento anual médio das famílias do país, com uma taxa de precisão de até 90%.
No entanto, é óbvio que esse índice pode ser ignorado na China. Além disso, as grandes mudanças do panorama nacional, nomeadamente o reajustamento da estrutura econômica e a transformação e atualização da indústria, com certeza refletir-se-ão nos índices econômicos vigentes.
As características do crescimento econômico são indispensáveis para avaliar a tendência geral do desenvolvimento econômico. O professor Stephen Roach, da Universidade de Yale, afirmou que um dos destaques do 13º Plano Quinquenal da China é que a estrutura econômica é mais importante do que o objetivo de aumento do PIB.
Um artigo publicado pelo jornal britânico The Financial Times indicou que, comparado com os índices antigos da China, os novos índices, tais como as taxas de venda do comércio online, da bilheteria chinesa e do crescimento do volume de transporte ferroviário de passageiros e mercadorias, devem despertar mais atenção.
Segundo a reportagem da Bloomberg, a boa notícia sobre a economia chinesa é o contínuo aumento de dois dígitos do setor de serviços diretamente dependente da procura interna.
A China é a segunda maior economia do mundo e um parâmetro indispensável para avaliar a economia global. O novo paradigma da economia chinesa torna-se, por isso, num foco de atenção mundial.
Fonte: Diário do Povo