Sergio Costa Jones.*
Mais uma vez as forças das trevas tentam deter a roda da história. Desta vez tendo como palco os Estados Unidos da América. Tendo como protagonista desta história bizarra a figura sinistra que atende pelo nome de Donald Trump. Se dermos um rápido passeio pelas páginas recentes de nossa história poderemos traçar ou esboçar uma imagem de um futuro, não muito promissor. Segundo palavras proferidas pelo próprio, ele deixou claro que os EUA estarão sempre em primeiro lugar, mesmo que para isso precise sacrificar os interesses de seus aliados mais próximos.
Reclamou que os “amigos” estão dependentes demais dos EUA e que os rivais não mais respeitam ou se sentem ameaçados pelo país. Por isso mesmo pretende modernizar o arsenal nuclear e ampliar o poder militar americano, além de buscar uma convivência pacífica com países como China e Rússia, mas garantiu que irá traçar um limite e responder duramente quando alguém o ultrapassar.
Prometeu ainda impedir o avanço do islamismo radical trabalhando de perto com aliados no mundo muçulmano, mas cobrando respeito e gratidão dos países que forem ajudados pelos EUA. Trump encerrou o discurso afirmando que não irá mais ceder o “país ou seu povo à falsa cantiga da globalização”.
Com este discurso neofascista esquece ele, que o sujeito da história social são as massas populares e não as classes exploradoras reacionárias a qual pertence. “As primeiras criam e levam adiante a história, enquanto as últimas tratam de impedir o seu avanço para fazê-las retroceder”.
Estamos vivenciando o momento como bem definiu Lenin: “em a fase superior do capitalismo”, onde a concentração da produção e do capital chega a um nível tão elevado criando os monopólios, que passam a desempenhar papel decisivo na vida econômica e o capital industrial se funde com o capital bancário dando origem ao capital financeiro. O que coloca o aspecto humano e social em segundo ou terceiro plano. O que significa, em termos prático, o avanço e a ampla miséria que irá afetar, ainda mais, as massas despossuídas que pululam o planeta.
Consequência de uma concentração de renda brutal em que mais da metade das riquezas, produzidas no mundo, estão em mãos de apenas 2% da população. Enquanto significativa maioria vegeta nos esgotos fétidos criados pelo modelo falido de um capitalismo que se reinventa, ao longo da história,para sobreviver. Promovendo em nome da ganância e do acúmulo do capital, guerras e todo modelo de atrocidades. Para que este modelo falido de economia continue coexistindo.
*Sérgio Costa Jones é jornalista e colabora com varias publicações.