Trump ameaça Rússia com tarifas; Moscou minimiza “ultimato teatral”

Em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, acompanhado pelo Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, o presidente dos EUA, Donald Trump, citou sua insatisfação com seu colega russo, Vladimir Putin, sobre a falta de progresso para acabar com o conflito na Ucrânia como o principal motivo.

“Se não chegarmos a um acordo em breve, vamos impor tarifas muito severas em 50 dias. Tarifas de 100%. Podem chamá-las de tarifas secundárias”, ameaçou o presidente americano.

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Tarifas secundárias são taxas impostas a terceiros países ou entidades que comercializam com uma nação sancionada, neste caso a Rússia.

O anúncio de Trump não tem nada a ver com a proposta bipartidária em análise pelo Congresso dos EUA, que aumenta as tarifas para 500%.

O presidente dos EUA dedicou boa parte de seu discurso a culpar Putin pela falta de progresso, denunciando que está “decepcionado com ele, porque parecia que há dois meses poderíamos ter chegado a um acordo, mas nunca chegamos lá; o único com quem não consegui nada foi a Rússia”, acrescentou.

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Rússia e China minimizam ameaça tarifária de Trump contra os BRICS | HISPANTV

Rússia e China estão minimizando as novas ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o grupo BRICS.

Neste contexto, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente Dmitry Medvedev minimizou na terça-feira o “ultimato teatral” emitido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a imposição de “tarifas secundárias”.

“Trump lançou um ultimato teatral ao Kremlin. O mundo estremeceu, aguardando as consequências. A Europa beligerante ficou decepcionada. A Rússia não se importou”, disse o ex-presidente russo em uma mensagem publicada em sua conta na rede social X.

Quando Trump anunciou uma série de sanções tarifárias contra grande parte do mundo em abril, ele excluiu a Rússia, argumentando que o país já enfrenta inúmeras sanções financeiras.

O ponto de virada ocorreu em 3 de julho, durante uma ligação entre os dois líderes, na qual Putin disse a Trump que não desistiria de seus objetivos na Ucrânia, enfurecendo o presidente dos EUA.

Nas últimas semanas, Trump ameaçou repetidamente impor novas sanções à Rússia se não houver progresso em um acordo, mas ainda não especificou um valor tarifário específico.

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