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domingo, 6 outubro, 2024

TPI solicita mandados de prisão para Netanyahu e líder do Hamas em meio à guerra na Faixa de Gaza

© AP Photo / Peter Dejong

Sputnik – O Tribunal Penal Internacional emitiu uma moção preliminar que pode levar a uma demanda de entrega do premiê israelense para Haia. A decisão também afeta membros do Hamas.

Karim Khan, promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, Países Baixos, solicitou nesta segunda-feira (20) um mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu por crimes de guerra em Gaza, onde mais de 35.400 palestinos, a maioria crianças e mulheres, foram mortos por bombardeios desde outubro de 2023, informa a emissora norte-americana CNN.
“Hoje [20] estou enviando o pedido de mandado de prisão […] devido à situação na Palestina”, disse Khan em um comunicado.
O promotor também solicitou mandados de prisão sob as mesmas acusações contra Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, e Yahya Sinwar, chefe do movimento palestino Hamas em Gaza.
De acordo com a CNN, o promotor também solicitará mandados de prisão para Ismail Haniya, chefe do escritório político do Hamas, e Mohamad Deif, comandante da ala militar do movimento, as Brigadas al-Qassam.

Israel e Hamas respondem

O Hamas demandou que a decisão de entregar altos responsáveis do grupo fosse revertida.
“O Hamas exige que o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional emita um mandado de prisão e detenha todos os criminosos de guerra, incluindo os líderes dos ocupantes, oficiais e soldados envolvidos em crimes contra o povo palestino. O Hamas também exige a anulação de todos os mandados de prisão emitidos contra os líderes do povo palestino, pois eles contradizem as convenções e resoluções da ONU”, disse o movimento em um comunicado.
Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, por sua vez, anunciou medidas urgentes para combater a possível emissão de mandados de prisão pelo TPI contra Netanyahu e Gallant.
“Instruí a implantação imediata de um centro de comando especial no Ministério das Relações Exteriores, com a participação de todas as estruturas profissionais, a fim de combater a decisão [do TPI], que tem como objetivo principal restringir as mãos de Israel e impedi-lo de exercer seu direito de autodefesa”, escreveu ele em sua conta na rede social X.

Katz mencionou também que pretende entrar em contato com colegas de países importantes em um futuro próximo para buscar seu apoio contra uma futura decisão do TPI contra a liderança israelense. O ministro disse que quer fazer com que seus parceiros se oponham à decisão do promotor do TPI ou, se os mandados ainda forem emitidos, ouvir garantias dos colegas de que seus países não tomarão nenhuma medida contra os líderes israelenses.

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