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Sputnik – O Tribunal Penal Internacional emitiu uma moção preliminar que pode levar a uma demanda de entrega do premiê israelense para Haia. A decisão também afeta membros do Hamas.
Karim Khan, promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, Países Baixos, solicitou nesta segunda-feira (20) um mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu por crimes de guerra em Gaza, onde mais de 35.400 palestinos, a maioria crianças e mulheres, foram mortos por bombardeios desde outubro de 2023, informa a emissora norte-americana CNN.
“Hoje [20] estou enviando o pedido de mandado de prisão […] devido à situação na Palestina”, disse Khan em um comunicado.
O promotor também solicitou mandados de prisão sob as mesmas acusações contra Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, e Yahya Sinwar, chefe do movimento palestino Hamas em Gaza.
De acordo com a CNN, o promotor também solicitará mandados de prisão para Ismail Haniya, chefe do escritório político do Hamas, e Mohamad Deif, comandante da ala militar do movimento, as Brigadas al-Qassam.
Israel e Hamas respondem
O Hamas demandou que a decisão de entregar altos responsáveis do grupo fosse revertida.
“O Hamas exige que o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional emita um mandado de prisão e detenha todos os criminosos de guerra, incluindo os líderes dos ocupantes, oficiais e soldados envolvidos em crimes contra o povo palestino. O Hamas também exige a anulação de todos os mandados de prisão emitidos contra os líderes do povo palestino, pois eles contradizem as convenções e resoluções da ONU”, disse o movimento em um comunicado.
Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, por sua vez, anunciou medidas urgentes para combater a possível emissão de mandados de prisão pelo TPI contra Netanyahu e Gallant.
“Instruí a implantação imediata de um centro de comando especial no Ministério das Relações Exteriores, com a participação de todas as estruturas profissionais, a fim de combater a decisão [do TPI], que tem como objetivo principal restringir as mãos de Israel e impedi-lo de exercer seu direito de autodefesa”, escreveu ele em sua conta na rede social X.