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Os dois grandes terremotos que atingiram o Equador – o primeiro no sábado (16), com intensidade de 7,8 graus na escala Richter, e o segundo, de 6,2, nesta quarta-feira (20) – estão mobilizando a ajuda da comunidade internacional. Vários países, entre eles o Brasil, já enviaram ajuda ou preparam equipes para reforçar os trabalhos de socorro.
O Itamaraty enviou à Sputnik a seguinte nota oficial:
“O Governo brasileiro tomou conhecimento, com consternação, do terremoto que atingiu o Equador neste sábado, 16 de abril, que deixou centenas de feridos e resultou na morte de dezenas de pessoas. O Brasil solidariza-se com as famílias das vítimas e manifesta seu sentido pesar ao Governo e ao povo do Equador.”
A nota, divulgada logo após o primeiro tremor, ainda não havia captado toda a extensão do desastre. Levantamento do próprio Governo equatoriano já contabiliza 525 mortos e mais de 4 mil feridos até agora. Entre os mortos estão 11 estrangeiros, provenientes de Colômbia, Cuba, República Dominicana, Inglaterra, Irlanda e Canadá. Não há notícias de brasileiros entre as vítimas fatais.O Itamaraty prepara dois aviões Hércules que levarão água, alimentos, tendas, colchões, geradores de energia, entre outros artigos, para socorrer os sobreviventes. Em diversas cidades e povoados equatorianos faltam água e comida, e os suprimentos custam a chegar devido à péssima situação em que se encontram muitas estradas.
Outros países também prestam ajuda. A Venezuela está enviando uma quarta equipe de socorristas para trabalhar com as equipes locais e o Exército equatoriano; a Embaixada da China enviou carta aos diplomatas estrangeiros com o número de contas bancárias pelas quais o Equador está recebendo doações; Suíça, Chile e Estados Unidos também enviaram especialistas, entre médicos, psicólogos e equipes de resgate com cães.
Desde sábado, mais de 500 pequenas réplicas dos terremotos têm sacudido diversas regiões, nos maiores tremores já detectados no país nos últimos 20 anos.Durante visita a algumas das áreas mais afetadas no noroeste do país, o Presidente Rafael Correa estimou que a reconstrução de prédios e infraestrutura vai custar algo entre US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões, o que exigirá um grande esforço do Governo e do povo equatoriano.