La Paz (Prensa Latina) O presidente da Câmara de Senadores da Bolívia, José Gonzáles, informou nesta terça (23) que a justiça chilena postergou até o dia 20 de junho a audiência para a apelação dos nove bolivianos detidos em Iquique.
A audiência estava fixada para o dia 25 de maio e segundo o chanceler boliviano, Fernando Huanacuni, não era definitiva, mas avaliariam o recurso de soltura dos bolivianos.
Gonzáles explicou que pelo momento desconhecem os motivos da suspensão dessa reunião.
Por sua vez, o ministro da Presidência da Bolívia, René Martínez, exigiu recentemente do Chile uma solução pela via diplomática do caso.
Políciais chilenos prenderam no dia 19 de março os nove servidores públicos da nação andino-amazônica em uma operação de luta contra o contrabando.
O Julgado de Garantia de Poço Almonte ditou a prisão preventiva sob causas como roubo com intimidação, violência, porte ilegal de armas proibidas.
Bolívia conformou uma equipe jurídica que apresentou um recurso de amparo na Corte de Apelações de Iquique e uma demanda no Tribunal Supremo de Justiça do Chile. Ambas petições foram recusadas.
O presidente boliviano, Evo Morales, qualificou-as de trasgressão da diplomacia e do direito internacional.
Reconhecidas figuras somaram-se à solicitação deste país para conseguir o regresso dos
bolivianos.
A Prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchú expressou sua solidariedade e preocupação diante desse fato e pediu à Comissão Interamericana de Direitos Humanos atender o caso com a urgência.
O secretário geral da Aliança Bolivariana para os Povos de América, David Choquehuanca, disse que, ante os olhos do mundo, Santiago castiga os dois militares e nove oficiais da Aduana por lutar contra a delinquência.