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quinta-feira, 28 março, 2024

Sérgio Moro, “The End”

Montagem: fotos do site Lula.com
por Rui Daher
Luís Nassif, assim finaliza seu texto sobre a condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro: “Mas o tempo dirá que você perdeu, playboy”!
Se equivoca, meu caro Nassif. Discordo, já está feito. Tão humilhante, tão descarado, tão sem efeito provável, o vaticínio jurídico tão instantâneo como qualquer achocolatado. Não precisará de tempo ou história. Nasceu desmoralizado. Viverá, talvez, dois dias. Quem assim não esperava? Achavam o quê? Assim:
– Desculpem-me, eu realmente não tenho provas. Baseei-me em ilações, delações pagas a criminosos.
Claro que as folhas e telas cotidianas não se desavergonharão em tentá-la fazer perdurar. Ainda que seja, pelo menos, para pouparem do noticiário os criminosos de suas simpatias. Mas já foi, Nassif. Moro perdeu e sabe disso. Perdurará na memória de quem achar que a Lava Jato, assim como permitida pela ex-presidente Dilma Rousseff, consagrou de forma inédita as primeiras punições aos “crimes do colarinho branco” no País.
Final mais anunciado impossível. Depois de tudo o que fez, depois de tão incensado – “In Moro We Trust” – como aqueles finos lábios paranaenses, junto aos de Angelina “Mendes” Jolie, poderiam sentenciar a inocência de Lula? Não fossem os pedalinhos, os presentes que todos os presidentes ganham durante os seus mandatos, o tríplex do Guarujá da OAS, o camicia nera, inferiria que dentro do isopor que Lula carregava sobre a cabeça, em direção à praia, junto a Dona Marisa, estava pleno de garrafas de cachaça. Um cachaceiro, pois … como eu e muitos.
Moro já perdeu e sabe disso desde que se espalhou em gargalhadas com Aécio Neves. Terá que arrumar uma dor de coluna, como fez o Barbosão, e cair no jet-set tupiniquim.
Tinha me prometido de não mais escrever no GGN sobre o tema. Muita meninada inteligente opinando. Espero tenham lido algum livro. Não resisti, embora o ano sabático se aproxime rápido. Não me sinto mais necessário. Apenas me avisem o momento da renovação da assinatura, que posso esquecer.
Dia desses, almoçando num restaurante, um certo Oscar, creio, dono de locais de entretenimento masculinos, que atravancam pousos de aeronaves, ao se despedir da mesa onde discursava sobre o novo estoque de merendeiras recebidas em sua casa, berrou para que todos os presentes ouvissem:
– Amigos, o dia em que o Lula for preso, oferecerei cerveja grátis para todos no meu puteiro (desculpem-me o termo feministas rock pop-star, mas eles existem).
Risadas gerais. Ele continua:
– Se o matarem, uma semana inteira de cerveja grátis.
É dessa direita que temos medo?

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