A situação política, econômica, social e ambiental do país se deteriorou claramente e o governo de fato não deu respostas concretas às diversas demandas legítimas do povo, denunciaram os parlamentares.
Apontaram que a situação desperta o descontentamento da população com vários movimentos de protesto nas últimas semanas para exigir segurança em todo o território, desbloqueio de estradas nacionais para a livre circulação de pessoas e mercadorias, redução do custo de vida através de uma redução substancial e rápida dos preços para necessidades básicas.
Da mesma forma, os legisladores lembraram que os manifestantes exigem a queda do câmbio e a disponibilidade do dólar, bem como o estabelecimento de uma administração mais saudável e uma gestão mais eficiente dos recursos do tesouro.
A nota também aponta a urgência de que autoridades, atores políticos e sociedade civil encontrem um acordo para formar um poder de transição capaz de realizar eleições e retornar à normalidade institucional.
A situação no Haiti piorou desde 2021 com uma forte crise econômica após quatro anos de recessão, enquanto a inflação foi de 30,5% em julho e os alimentos aumentaram mais de 30% em relação a 2021.
Além disso, as ações dos grupos armados e seus confrontos forçaram o deslocamento de mais de 20.000 pessoas desde abril que sobrevivem em abrigos precários, e junho marcou o primeiro ano em que a saída sul da capital está sob controle dos bandos, limitando troca.
A isso se soma que desde 2020 o Haiti não tem um Parlamento funcional, quando expiraram os mandatos de todos os deputados e dois terços dos senadores, enquanto o Tribunal de Cassação, a mais alta instância judicial do país, perdeu seu presidente devido à Covid. – 19 e em 2021 assassinaram o polêmico presidente Jovenel Moïse.