Os Estados Unidos mantêm a sua intenção firme de que a solução para o conflito na Síria tem de passar pela saída de Bashar al-Assad do poder.
Uma intenção reafirmada nesta quinta (29), na véspera de mais uma ronda de conversações internacionais sobre o tema e que, pela primeira vez, contarão com a presença do Irã, o maior aliado regional do regime de Damasco.
“Aqueles que tentaram resolver a crise síria chegaram à conclusão que, sem a presença do Irã, não existe forma de conseguir uma solução razoável para a crise”, declarou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano à chegada a Viena, onde vai decorrer hoje a reunião internacional.
Mohammad Javad Zarif encontrou-se ainda ontem com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, para discutir também temas como o acordo nuclear alcançado com Teerã no passado mês de julho. Kerry, por seu turno, reuniu-se ainda com os seus homólogos russo, saudita e turco.
Hoje, juntar-se-ão à mesa das negociações representantes diplomáticos vindos do Reino Unido, do Egito, de França, da Alemanha, da Itália, do Líbano, da União Europeia e de alguns Estados árabes.
“A única solução para encontrar um fim para a crise síria é sentar à mesa o maior número possível de participantes. Ao fazer isso, a abertura de negociações, mesmo que seja apenas um princípio, é uma coisa boa”, disse ontem à AFP um diplomata europeu.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão minimizou ontem as expectativas de um acordo na reunião internacional que se realiza hoje em Viena sobre o conflito na Síria. “Amanhã não haverá ainda um avanço”, declarou ontem Frank-Walter Steinmeier.