Tiquipaya, Bolívia, (Prensa Latina) Um apoio à demanda da Bolívia para conseguir uma saída soberana para o mar expressaram diversas personalidades presentes na Cúpula Mundial dos Povos, que termina nesta Quarta-feira (21) na cidade de Cochabamba.
O ex presidente equatoriano Rafael Correia chamou os países latino americanos a unir forças para que esta nação obtenha um acesso soberano ao oceano Pacífico.
Todos devemos apoiar a Bolívia para encontrar a melhor solução de acabar com sua mediterraneidade , disse Correia.
Bolívia perdeu seu litoral quando em 1879 Chile invadiu seu território e lhe arrebatou 400 quilômetros de costa e 120 mil quilômetros quadrados ricos em minerais.
Em 2013 o governo do presidente Evo Morales apresentou em Haia uma demanda para recuperar a saída marítima e dois anos depois esse tribunal declarou-se competente para atender à reivindicação.
O agente boliviano em Haia, Eduardo Rodríguez Veltzé, destacou o apoio ‘reconfortante’ da Conferência Mundial dos Povos à demanda marítima boliviana.
Delegados de organizações sociais de mais de 30 países presentes na Cúpula elaboraram na jornada inicial a resolução do ‘Mar para Bolívia’, disse Rodríguez Veltzé.
Alentam as simpatias com uma causa que deve ser atendida em algum momento, expressou o servidor público.
O tema foi abordado também durante um encontro entre o chefe de Estado Evo Morais e o ex presidente da União das Nações Sul-americanas, Ernesto Samper, que participa do encontro de Tiquipaya.
Evo Moraless obsequiou a Samper o Livro do Mar, que recolhe os dados históricos e argumentos bolivianos no julgamento contra Chile ante a Corte Internacional de Justiça.
Samper expressou seus desejos porque o tema maneje-se em um clima de entendimento, sem que tenha maiores danos, nem escalem as diferenças entre os dois países.
O ex ministro de Solidariedade Social de Itália Paolo Ferrero realçou a política do diálogo empreendida por Bolívia para batallar pela justa demanda do acesso ao mar.
Mais de quatro mil delegados de 43 países e quatro continentes participam na Conferência Mundial dos Povos na também chamada Cidade das Flores, distante a 400 quilômetros de La Paz.