SADC procura em Angola estabilização política em Zimbábue

Já em Luanda se encontram os mandatários de África do Sul, Jacob Zuma, em sua qualidade de presidente da SADC, e de Zambia, Edgar Lungu, como parte da troika que ademais formam Tanzânia e Angola. Só falta o representante tanzaniano.

A cúpula extraordinária conduzi-la-á o chefe de Estado anfitrião, Joao Lourenzo, quem convocou de urgência à reunião para encontrar uma solução à crise no pais vizinho, onde os militares controlam a situação e o presidente Robert Mugabe resiste pressões para que renuncie a seu cargo.

Segundo o chanceler angolano, Manuel Augusto, no encontro podem-se adotar vários pontos, incluído o estabelecimento de um mecanismo de contacto da SADC com as autoridades zimbabuenses.

O que pretendemos é procurar uma solução negociada para que se preparem as eleições marcadas para 2018, acrescentou Augusto.

Mugabe quem negou-se a renunciar de seu cargo já foi separado da jefatura da partido União Nacional Africana de Zimbábue-Frente Patriótico e encaminha-se a um julgamento político no parlamento para proceder a sua destituição.

A crise desatou-se quando o chefe de Estado destituiu no passado dia 6 ao vice-presidente Emmerson Mnangagwa, considerado seu herdeiro político, para favorecer a sua esposa Grace Mugabe como presidenciável para as eleições.

Ante essa situação o chefe das Forças Armadas de Zimbábue, general Constantino Chiwenga, dispôs custodia-a da família presidencial, a detenção de vários ministros e amigos mais cercanos à primeira dama, além de concentrar blindados nas ruas sem que até agora se reportem focos de violência.