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quarta-feira, 18 setembro, 2024

Rússia: Os EUA testam seus métodos de política colonial na América Latina

O embaixador russo em Caracas, Sergei Melik-Bagdasarov.

HispanTV – O embaixador russo em Caracas sustenta que a política colonial dos EUA é evidente na posição de Washington de não reconhecer as eleições venezuelanas.

Sergei Melik-Bagdasarov declarou esta segunda-feira à agência russa Sputnik que “mesmo antes das eleições na Venezuela, os Estados Unidos disseram que não tolerariam a reeleição de Nicolás Maduro. O princípio de reconhecer ou não as eleições num país independente é uma manifestação clara da política colonial”, sublinhou.

O Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro vencedor das eleições presidenciais de domingo, 28 de julho, obtendo 51,2% do total de votos, em comparação com 44,2% do seu rival mais próximo, o candidato da oposição, Edmundo González, que não reconheceu o resultado.

Neste contexto, o embaixador russo sublinhou que “os Estados Unidos continuam a considerar a América Latina como o seu quintal e um campo de testes para técnicas de manipulação política”.

Na Venezuela, hoje assistimos a tentativas de repetir o projeto de Juan Guaidó com algumas modificações, alertou Melik-Bagdasarov, citando um alerta do presidente Maduro.

A este respeito, Bagdasarov afirmou que o povo venezuelano fez a sua escolha: “Devemos respeitá-la. Mas parece que esta abordagem é estranha a Washington”, lamenta.

A Venezuela denuncia que os EUA estão a liderar um golpe de Estado através de “mentiras e manipulação” para causar violência nas ruas após as eleições presidenciais.

Após o anúncio dos resultados oficiais das eleições na Venezuela, Moscovo disse que a oposição venezuelana deveria admitir a derrota.

Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alertou os países terceiros para não apoiarem tentativas de desestabilizar a situação na Venezuela.

Depois da publicação dos primeiros resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, que deram a vitória a Nicolás Maduro, apoiantes da extrema-direita organizaram protestos violentos para denunciar alegadas fraudes.

Por sua vez, os governos dos Estados Unidos e de outros países latino-americanos questionaram a legitimidade do processo e reivindicaram a vitória do candidato de extrema direita, Edmundo González, com base em contagens paralelas realizadas pela oposição.

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