Moscou, (Presa Latina) O Ministério russo de Defesa (Mindef) denunciou hoje a possível cumplicidade do Ocidente com um recente ataque à base aérea de Jmeimim e a naval de Tartus, na Síria, com 13 drones de fabricação caseira.
Como base para o material explosivo, foi usada pentrita, muita mais potente que o T4, utilizado com mais frequência por terroristas em atentados, declarou o chefe da Direção de Construção de Drones do Estado Maior russo, maior-general Alexander Novikov.
Entre outros lugares, a pentrita é produzida na empresa ucraniana de reagentes químicos de Shostkin. Sua fabricação é impossível em condições caseiras e também não pode ser extraída de projéteis, como acontece com outras substâncias voláteis, explicou.
Os especialistas tentam estabelecer o lugar exato de elaboração dos artefatos explosivos. Cada um dos 13 drones portava em suas asas 10 projéteis como os descritos, informou.
Do total mencionado, 10 drones partiram no sábado da localidade de Muazzar, em uma zona de distensão na província síria de Idlib, para a base de Jmeimim, em Latakia, e três para o ponto de abastecimento naval da Tartus.
Cada projétil possuía um peso de cerca de 400 gramas e estava preparado com material metálico para aumentar seu efeito nocivo em um raio de 50 metros, declarou o general russo.
As peças com que foram armados os drones estão à venda no mercado separadamente, mas sua montagem e posta em funcionamento, bem como a configuração das qualidades aerodinâmicas exigem tempo, conhecimento especializado e experiência, estimou.
Para armar esse tipo de aparato aéreo, são necessários especialistas formado em países onde existe a tecnologia para fabricarc drones, constatou o militar russo, em clara referência ao Ocidente.
Na tentativa de ataque de sábado, sete drones foram destruídos pelos complexos Panzir-C, enquanto as tropas de combate rádio-eletrônico interceptaram os sinais de comando de seis aparelhos, três conseguiram aterrissar e o resto se chocou durante a ação.
A Rússia anunciou no dia 11 de dezembro a retirada da Síria da maioria de seu contingente militar, depois de eliminar as forças melhor preparadas do movimento terrorista Estado Islâmico, mas explicou que deixaria em funcionamento ali as bases de Jmemim e Tartus.