Vemos que a oposição não quer resignar-se com a sua derrota, mas acreditamos que o deve fazer e felicitar o vencedor destas eleições, disse esta terça-feira aos jornalistas o porta-voz da Presidência, Dmitri Peskov.
Para o representante do Kremlin, é agora “extremamente importante que terceiros países parem de encorajar tentativas de desestabilizar a situação na Venezuela, e que não haja interferência externa na Venezuela”.
A nação sul-americana realizou eleições presidenciais no domingo, 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou na segunda-feira o atual presidente, Nicolás Maduro, como presidente reeleito para o período 2025-2031.
Candidato pela coligação Gran Polo Patriótico (esquerda), Maduro obteve 51,2 por cento dos votos, em comparação com 44,2 por cento de Edmundo González, da oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD, centro). O PUD ignorou os resultados e anunciou González como “presidente eleito”.
Alguns países como Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai recusaram-se a reconhecer a reeleição de Maduro, o que já fez com que Caracas anunciasse a retirada imediata do pessoal diplomático.
Outras nações evitaram declarações contundentes, mas insistiram em verificar os resultados eleitorais “tabela por mesa”.
Nesta segunda-feira, foram relatados protestos em diversas regiões da Venezuela contra os resultados eleitorais.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, informou que 23 membros das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas ficaram feridos em confrontos ocorridos nas últimas horas em meio a esses protestos.