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sexta-feira, 29 março, 2024

Revolução Sandinista: avanços e novos desafios

Por Raúl do Pino Salfrán Managua, (Prensa Latina) Quando as forças guerrilheiras da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) entraram triunfantes a Managua em 19 de julho de 1979, terminaram décadas de tirania na Nicarágua.
Fechava assim um capítulo da história deste país centro-americano, que deixaria para trás a ditadura sangrenta implantada pelo clã da família Somoza.

Já passaram 41 anos e os propósitos do sandinismo a cada vez são mais elevados. O atual governo do presidente Daniel Ortega está enfrascado em eliminar a pobreza extrema e manter a senda do progresso econômico, entorpecido pela tentativa frustrada de golpe de Estado de abril-julho de 2018, mas são inegáveis os avanços que tem vivido a nação desde o regresso do FSLN ao poder em 2007.

A educação gratuita e de qualidade, ao mesmo tempo que a cobertura universal de saúde, sobressaem entre as principais conquistas dos últimos anos, bem como a democratização na tenência da terra e a incorporação ao resto do território nacional dos povos da Costa Caribenha, isolados durante séculos.

Também destaca o acesso de muitos nicaraguenses a moradias dignas, à água potável como um direito humano fundamental e à energia, com uma cobertura de mais de 97% a nível nacional.

De igual forma, as mulheres também têm experimentado uma nova etapa de renascer, com seu empoderamento econômico, social e político.

Nicarágua toda festejou o novo aniversário do histórico triunfo da Revolução, mesmo que neste ano as celebrações se viveram de forma diferente.

A situação sanitária provocada pela pandemia da Covid-19 levou às autoridades a evitar as grandes concentrações, e em seu lugar optaram como centro das atividades por um grande concerto virtual de música tradicional, Cantos de Revolução, produzido pelo Teatro Nacional Rubén Darío.

Outro dos momentos que marcaram os festejos o constituiu a inauguração do Sino da Paz, na capital desta nação.

A magnífica estrutura, elevada a 17 metros sobre o nível da rua, é um reconhecimento da Prefeitura de Managua aos esforços realizados ao longo dos anos por parte do Governo e do presidente Ortega, em pró do bem-estar do povo nicaraguense.

A primeira pedra do lugar comemorativo foi colocada no passado 21 de maio, em ocasião do aniversário 125 do nascimento do líder anti-imperialista e Herói Nacional Augusto César Sandino.

Precisamente, foi o General de Homens Livres que acendeu a faísca que levaria anos mais tarde a jovens como Carlos Fonseca, Tomás Borge e o próprio Daniel Ortega a escolher a via armada como único caminho para tirar a Nicarágua do buraco em que os Somoza, sob a tutela de Washington, a tinham submergida.

Com um novo processo eleitoral no ano seguinte, o sandinismo tem outro grande desafio à diante, ainda que existe confiança na ampla base nacional que apoia esta força progressista, a qual tem sabido mudar para bem o rumo deste pobre mas digno país nos últimos anos. mem/car/rps/cc

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