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sexta-feira, 26 julho, 2024

A revolução capitalista do século XXI

Tania Jamardo Faillace*
Bom, sabe-se que o Deep State (Estado Profundo, poder político-econômico efetivo nos EUA) tem ao presidente Trump como seu inimigo.
E continua com as rédeas do poder institucional-efetivo nas mãos, aproveitando para atribuir as culpas do que ele próprio faz, ao presidente imobilizado diante da mídia mundial.
EUA já era como país independente e autônomo, estando hoje na estrita dependência do poder econômico e financeiro transnacional.
E a Russia se coloca menos como uma rival e opositora exponencial dos EUA que como uma opositora exponencial da Nova Ordem Mundial, desde a ascensão de Putin.
Eis a razão de Putin ter cultivado a camadadagem de Trump, o qual não tem, como político,  o carisma que detinha como empresário audacioso.
Acabaram-se os tempos dos empresários audaciosos, porque acabaram-se os tempos do sistema capitalista concorrencial que deve ser substituído, com a urgência possível, pelo monopolismo neocolonial.
Preste-se atenção para as transferências patrimoniais das mega-corporações para se entender que, mesmo com outros nomes e denominações, procede-se à intensificação das fusões e centralização de controles na área econômica, facilmente transmitida à área política.
Aliás, a política, tal como a conhecemos desde a Revolução Francesa, deve ser oportunamente substituída pelo gerenciamento comercial dos territórios e negócios, acabando-se com a imprevisibilidade dos “mercados”.
Trata-se de uma revolução mundial do Capital para eliminar de vez a luta de classes e a possibilidade de revoluções socialistas locais ou regionais ou mundiais – estabelecendo-se   o Governo Mundial como superior a todos os princípios, e reduzindo-se concretamente a população mundial que o Capital considera excedente em razão do projeto em andamento da robotização total da produção, gradualmente estendida ao setor de serviços.
Nisso tudo entra, evidentemente, a revolução dos costumes, o desmonte da organização familiar e a confusão ou indefinição sexual obtida pelas cartilhas do “politicamente correto”, uma vez que a maneira mais barata de reduzir ou eliminar a reprodução humana natural é a generalização do homossexualismo, e, posteriormente, a repressão à heterossexualidade.
Já é possível a reprodução por clonagem, o que permitirá, com o tempo, a reprodução de um único tipo de robotóide de carne e osso para os serviços subalternos, ou até, domésticos em relação às comodidades pessoais dos donos do mundo.
Nisso tudo, educação e meios de comunicação social são instrumentos fundamentais.
Enfim, trata-se da construção a nível planetário, da Revolução Capitalista Mundial, muito mais fácil de executar que a Socialista, uma vez que o Sistema Capitalista Transnacional é detentor dos meios concretos de executá-la: o poder econômico e o poder político-institucional.
(01.08.2017)
*Tania Jamardo Faillace é jornalista e escritora e ativista social
Porto Alegre, RS – Brasil

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