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sexta-feira, 26 julho, 2024

Revelado plano terrorista organizado na Colômbia para atacar a Venezuela

Caracas, AVN

O vice-presidente Setorial de Comunicação, Turismo e Cultura, Jorge Rodríguez, informou sobre os planos terroristas que seriam realizados no país no dia 17 de agosto e que previam a colocação de explosivos na sede do Palácio de Justiça de Caracas e na sede das Forças de Ações Especiais (FAES) em Cotiza.

Durante coletiva de imprensa no Palácio de Miraflores, o ministro explicou que, graças à inteligência popular, foram descobertas, nas sedes destes organismos, sacos negros suspeitos, que continham explosivos C-4.

“Membros do Poder Popular perceberam a existência de sacos suspeitos na sede do FAES em Cotiza e no bairro do 23 de enero, ligam para a divisão de explosivos, e é quando percebem que estão carregados com C-4 para fazê-los explodir”.

Rodríguez disse que, depois que os artefatos foram encontrados, uma série de investigações permitiram a captura de um dos envolvidos de nacionalidade colombiana, Luis Ricardo Gomes Peñaranda, detido em 29 de agosto com material explosivo em seu poder.

No interrogatório, Gomes Peñaranda confirmou o planejamento e coordenação dos atentados no território colombiano, dirigidos por Julio Borges como autor intelectual, assim como a participação de Clíver Antonio Alcalá Cordones (conhecido como César, chefe da unidade terrorista colombiana), e Rayder Ruso , ou “Pico” (que era procurado pelo assalto à 41ª Brigada Blindada e pelo caso do magnicídio frustrado) todos localizados na Colômbia.

“As capturas de tela do celular do terrorista Gómez Peñaranda mostram as conversas e as fotografias dos pontos onde deviam colocar os explosivos”, afirmou o vice-presidente Setorial de Comunicação, Turismo e Cultura.

Rodríguez destacou que continua a busca de Fred Armando Mavares Zambrano, ex-funcionário policial do município Chacao e de Esteban Miranda, ex-funcionário policial do município Independencia do estado de Miranda, ligados à operação terrorista denominada Força da Liberdade e cujo objetivo era realizar atividades terroristas sistemáticas e a colocação de artefatos explosivos.

Explicou ainda que segundo as provas encontradas no celular e no depoimento de Gómez Peñaranda, planejavam ações para explodir diferentes lugares da Venezuela, entre eles o centro de Caracas, as Torres Simón Bolívar e o bloco 40 do 23 de enero, nos próximos quinze dias. Também informou sobre o funcionamento de três acampamentos – um deles dirigido pelo fugitivo da justiça, Clíver Alcalá, que recruta e treina paramilitares para cometer ações terroristas na Venezuela.

Acampamentos paramilitares

O ministro, Jorge Rodríguez, destacou que o governo venezuelano tem a localização exata de três acampamentos paramilitares, onde paramilitares são treinados para assassinar e gerar caos na Venezuela; Maicao, Río Hacha e Cierra Nevada de Santa Marta.

“Um dos acampamentos está a minutos da fronteira da Venezuela com a Colômbia (…) A localização do segundo acampamento está no departamento da Guajira. O terceiro acampamento está em Sierra Nevada e é utilizado para treinar paramilitares sob o  comando de Cliver Alcalá”, denunciou o ministro.

Jorge Rodríguez destacou que o governo do presidente, Iván Duque, deve atuar e impedir estas ações que atentam contra a paz do país.

“A Colômbia tem a obrigação de atuar contra estes paramilitares (…) Mais de 200 homens com armas são treinados no território colombiano. Até quando, lhes parece normal que planejem para assassinar cidadãos?. Se fosse gerado um ato na fronteira com estes paramilitares, a Venezuela responderia de forma direta contra estes terroristas”, disse.

Também considerou lamentável que a posição do atual governo da Colômbia tenha transformado o desenvolvimento da política deste país em uma ameaça contra a Venezuela. “Cada vez que aparece uma ação para agredir as venezuelanas e venezuelanos tudo leva à Colômbia , tudo leva ao presidente Duque, a Uribe”, afirmou.

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