com remorsos por haver beijado Dilma, procure a figueira onde se enforcou Judas Iscariotes. Decidido a sair da vida para entrar na história, dispara tiro certeiro no coração, num gesto de grandeza similar ao de Getúlio Vargas. Leva, assim, às suas últimas consequências o “Fora Temer” e aí sim merece a medalha de “O homem do ano” que lhe foi conferida pela revista ISTOÉ. Seu pijama de seda manchado de sangue é exposto no Museu da República.
Renan, já declarado réu, tem uma senhora folha corrida. É alvo de outros onze inquéritos e pode se tornar réu mais onze vezes, com lavagem de dinheiro, corrupção passiva e propinas vazando de diferentes órgãos e empresas: Diretoria de Abastecimento da Petrobras, Usina Angra 3, Transpetro, Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e Belo Monte.
Pode isso, Arnaldo? Se o próprio presidente da República, quando réu, é afastado de suas funções, como manter na presidência do Senado um réu acusado de crime grave de peculato? Amputar uma das atribuições constitucionais inerentes ao cargo só para que Renan possa continuar presidindo o Senado e o Congresso Nacional não é um casuísmo que debilita as instituições?