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sexta-feira, 26 julho, 2024

Putin: Em Gaza não há guerra, mas aniquilação total de civis

Palestinos deslocados montaram tendas durante o bombardeio israelense de Khan Younis no sul da Faixa de Gaza. (Foto: AFP)

HispanTV – O presidente russo, Vladimir Putin, disse que as ações israelenses na Faixa de Gaza visam “a destruição total da população civil”.

Numa conferência com representantes de agências de notícias globais em São Petersburgo, Putin abordou na quarta-feira a situação na Faixa de Gaza, onde mais de 36.500 palestinos foram mortos desde 7 de outubro em ataques israelenses.

“O que está a acontecer agora em Gaza (…) não se parece muito com uma guerra. “É uma espécie de aniquilação total da população civil”, disse Putin.

Isto, explicou o presidente russo, é o resultado da política dos EUA, que monopolizou a resolução do conflito palestino-israelense, descartando todas as ferramentas anteriormente criadas no âmbito das tentativas coletivas de resolver esta questão.

“Não acredito que a solução de questões políticas ligadas ao destino do povo palestiniano numa perspectiva histórica possa ser suplantada pela distribuição de certos benefícios económicos”, disse Putin, enfatizando que a solução deve levar à essência do conflito.

Segundo ele, a criação de dois Estados é de extrema importância, tal como previsto originalmente na decisão da ONU de criar dois Estados naquele território: um Estado Palestiniano e um Estado Judeu. “Portanto, sem resolver as questões-chave, penso que é difícil resolver a questão no mérito”, acrescentou o presidente.

Neste contexto, sublinhou que a Rússia apoia a solução de dois Estados, Palestina e Israel, e lembrou que Moscovo reconheceu o Estado Palestiniano durante a era soviética.  

No domingo, o chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), Philippe Lazzarini, sublinhou que milhares de deslocados não têm outra escolha senão viver entre os escombros e nas instalações demolidas da instituição. “A destruição trará mais destruição, mais dor, mais raiva e mais perdas…”, lamentou.

Durante quase oito meses, vastas áreas de Gaza ficaram em ruínas no meio de um bloqueio paralisante de alimentos, água potável e medicamentos imposto por Israel.

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