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sexta-feira, 4 outubro, 2024

Províncias argentinas ameaçam corte no fornecimento de petróleo após medidas do governo Milei

Sputnik – Neste sábado (24), Ignacio Torres, governador de Chubut – uma das principais províncias produtoras de petróleo e gás da Argentina –, disse que “nem uma gota de petróleo” sairá dos campos se o governo de Javier Milei “não tirar o pé das províncias”.

Torres faz coro junto a diversos outros governadores que ameaçam cortar o fornecimento para o resto do país em poucos dias devido a uma disputa de recursos federais com o governo Milei, cujos severos ajustes fiscais provocam impactos nos gastos básicos dos governos locais.

“Na próxima quarta-feira [28], não sairá nem uma gota de petróleo se não respeitarem, de uma vez por todas, as províncias e não retirarem o pé de cima”, declarou Torres ao canal argentino C5N.

Chubut, a segunda maior província produtora de petróleo e gás depois de Neuquén, também recebeu o apoio de nove províncias administradas por aliados de centro-direita, entre elas Tierra del Fuego, Santa Cruz, Río Negro, La Pampa e Neuquén.

Juntos, anunciaram na sexta-feira (23) que, “se o Ministério da Economia não entregar os recursos de Chubut, então Chubut não entregará seu petróleo e gás”, referindo-se à cobrança unilateral de uma dívida que Milei ordenou a essa província, segundo a Folha de S.Paulo.

Em uma série de mensagens na rede social X (antigo Twitter), Milei, que está a caminho dos Estados Unidos, chamou os governadores que apoiaram a reivindicação de Chubut de “degenerados fiscais“.

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Os governadores criticam um corte de 13,5 bilhões de pesos (R$ 80,2 milhões) nas transferências mensais de fundos federais para o distrito.
“Nacho e seus cúmplices”, escreveu o presidente argentino, referindo-se a Torres e aos outros governadores, ao lembrá-los de um artigo do Código Penal que prevê até dois anos de prisão para quem impeça, atrapalhe ou dificulte o fornecimento de energia.
De acordo com a Folha, o ministro da Economia, Luis Caputo, argumentou que o corte de fundos foi motivado pela cobrança pelo governo de uma dívida não paga de Chubut no valor de 119 bilhões de pesos (R$ 667 milhões), uma situação que pode se repetir com outras dez províncias que também devem dinheiro ao governo federal.

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