Buenos Aires (Prensa Latina) Os docentes de Buenos Aires filiados à União de Trabalhadores da Educação (UTE) ratificaram nesta sexta (14) um plano de luta depois de recusar a proposta do Executivo local de aumentar o salário em 21,5 por cento, que consideram insuficiente.
Quando esperavam ter uma oferta favorável para saír de um conflito latente há faz vários meses, os professores voltaram a reiterar que o oferecido pelo Governo capitalino de elevar de 18 ao 21,5 por cento o salário, o localiza abaixo da média nacional.
O secretário da UTE, Eduardo López, assinalou que a oferta oficial ratifica ‘a continuidade da perda do poder aquisitivo dos docentes’.
Em um comunicado difundido no site da organização sindical, os professores reiteraram que a percentagem é insuficiente como recomposição salarial.
Trata-se, disseram, de uma proposta abaixo da média do país que leva os docentes de Buenos Aires a perder poder adquisitivo. Por outra parte, achamos que essa soma não resolverá a dramática situação de falta de mestres na cidade mais rica da Argentina.
Assim mesmo explicaram que o ministério da Educação argentino consiga que o aumento de 10 por cento em março, lhe agrega oito por cento em agosto e 3,5 em novembro, para 21,5 por cento. Também, se pagará um bônus de mil e 200 pesos (70 dólares) por cargo, em três quotas de 400 (23 dólares) durante novembro, dezembro e janeiro de 2018. Isto é, se deixará de perceber em fevereiro desse ano.
Continuaremos com o plano de ação previsto durante o recesso de inverno -que começará na próxima segunda-feira-, sublinhou o sindicato.
Durante os 15 dias de férias, os mestros anunciaram que instalarão mesas nas praças e em lugares onde se desenvolvam atividades culturais para informar aos vizinhos da cidade a situação que vivem.
No comunicado, a UTE apontou que cada vez que se aposenta um docente passam meses procurando quem possa o substituir, algo que não ocorre em outras jurisdições nem em outro tipo de empregos e profissões.
Na continuidade do plano de luta, na primeira semana de agosto realizaremos assembléias em todas as escolas convidando às famílias e estudantes e na segunda desse mês convocaremos ao plenário de delegados e avaliaremos as ações a seguir, manifestaram.
Os educadores procuram um salário que não deixe a nenhum abaixo da linha de pobreza no meio da inflação, que em 2016 se elevou a 40 por cento, e a alta nos serviços públicos como a eletricidade, a água, a gás, entre outros.