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domingo, 27 julho, 2025

Presidente mexicano resgata legado de Tenochtitlán

Cidade do México, 26 de julho (Prensa Latina) A presidente Claudia Sheinbaum homenageou hoje o legado de Tenochtitlán, sobre a qual a Cidade do México foi construída, ao liderar a cerimônia que marcou os sete séculos de sua fundação na emblemática praça Zócalo.

“Reconhecer Tenochtitlán não é falar de um passado morto; mas sim falar do pulso vivo que pulsa sob nossa capital, mas também em nossas palavras, nossa comida, nossos costumes e, acima de tudo, nossa grandeza cultural e nossa identidade”, afirmou.

Relembrando parte da história da capital mexica, o chefe do Executivo destacou que, ao chegarem, os espanhóis encontraram um império sólido, com leis, língua, escrita, medicina, métodos agrícolas, engenharia, cultura e conhecimento astronômico.

“No entanto, em vez de compreendê-la, decidiram destruí-la. A queda de Tenochtitlán em 1521 não significou apenas a destruição de uma cidade, mas também o início de um longo processo de colonização que buscava apagar todos os vestígios dos povos indígenas”, disse ele.

No entanto, ele enfatizou, seu legado não foi derrotado, pois “ele continua vivo na resistência silenciosa do povo, na língua náuatle que ainda é falada, no milho”, na medicina tradicional, nos rituais e nos nomes de colinas, rios, ruas e no próprio México.

Nesse sentido, destacou o reconhecimento dos povos indígenas como um dos pilares fundamentais da chamada Quarta Transformação, processo de mudança social iniciado em 2018 pelo então presidente Andrés Manuel López Obrador.

“A Quarta Transformação não é apenas um projeto econômico ou político; é, acima de tudo, um projeto de dignidade, um projeto que reconhece que não pode haver verdadeira justiça a menos que comecemos resolvendo a dívida histórica com os povos indígenas”, acrescentou.

Presidente do México reivindica legado de Tenochtitlán

Sheinbaum sustentou que erradicar o racismo não é uma opção, mas uma necessidade e uma obrigação de construir uma sociedade justa, inclusiva e digna para todos, e considerou o legado de Tenochtitlán uma semente de esperança, não de nostalgia ou ruína.

“Uma semente que continua a brotar, que continua a lutar; que continua a nos ensinar que a história não pode ser apagada, que as raízes não podem ser negadas e que um verdadeiro futuro só pode ser construído se abraçarmos corajosamente tudo o que fomos e tudo o que somos”, afirmou.

“Aqueles que não se lembram de suas raízes”, enfatizou, “caminham sem sombra nem direção. A memória é uma semente: se não for nutrida, não floresce. Para saber para onde vamos, precisamos ouvir de onde viemos. Porque nossas origens não são um passado morto; são uma bússola viva.”

Durante a cerimônia, 838 membros do Exército, Força Aérea e Guarda Nacional apresentaram a performance “Sete Séculos do Legado da Grandeza do México-Tenochtitlán”, um tour por passagens importantes desde a migração do povo mexica até a fundação da cidade.

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