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sexta-feira, 26 julho, 2024

Presidente Maduro: Venezuela e China estão em um momento ótimo de benefício mútuo

Caracas, 02 Sep. AVN

As relações entre Venezuela e China estão em um momento ótimo de cooperação, com base na associação estratégica estabelecida entre os dois governos, destacou o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro.

O mandatário venezuelano disse que os dois países estão no melhor momento de confiança política, aproximação e compreensão, com avanços na cooperação comercial, financeira, energética e tecnológica.

Entrevistado pela agência de notícias Xinhua, da China, Maduro afirmou que ainda existem muitos desafios de desenvolvimento compartilhado, que devem ser cumpridos apesar das dificuldades impostas pelos Estados Unidos (EUA).

Ele mencionou sobre uma recente carta enviada ao presidente do país asiático, Xi Jinping, onde expressa a disposição existente para “avançar acima das sanções, das guerras comerciais e demonstrar que, sim é possível, que China e Venezuela sejam um exemplo de relações de modelo para o mundo”.

Acrescentou que os dois paises, que completam 45 anos de relações bilaterais em 2019, vão surpreender os povos do mundo com os grandes resultados desta associação estratégica.

Denunciou o cerco criminoso por parte do governo estadunidense contra a Venezuela e o comparou com a perseguição do nazismo contra os judeus. “É uma perseguição contra o povo da Venezuela para tentar nos colocar de joelhos, nos dominar, nos escravizar”, disse.

Maduro ressaltou a proposta do presidente chinês, de construir uma comunidade de destino comum para a humanidade, que, considera, será fundamental no século XXI, ao sintetizar um conceito progressista mundial.

“Nós falamos de um mundo pluripolar, multicêntrico, e vem se falando do diálogo de civilizações, culturas, religiões, creio que são conceitos afins”, explicou.

Maduro disse ainda que a ideia de Simón Bolívar, de equilíbrio do universo, do respeito de culturas, está contida perfeitamente no conceito do presidente Xi Jinping.

“Creio profundamente em que a humanidade tem que caminhar em direção a uma comunidade de destino comum, de respeito, de paz”, disse como parte da necessidade de deter a carrera armamentista que pretende reiniciar Donald Trump em seus afãs hegemônicos.

“As grandes potências têm que dizer ao resto do mundo (que) é possível construir uma comunidade de destino comum, que é possível construir um mundo pluripolar, multicêntrico e na Venezuela dizemos, com a democracia da paz, a democracia bolivariana, é possível construir uma nova geopolítica, um novo equilíbrio do universo como diria o Libertador Simón Bolívar”, disse.

Explicou também que não pode haver um salto atrás para o mundo, de retorno à época das velhas colônias, velhas hegemonias. “Deve ser um mundo onde todos tenhamos oportunidade de desenvolvimento, de viver vivendo, de paz”, destacou.

Maduro manifestou sua admiração pela China, que começou quando era criança. Depois o conhecimento sobre o país se aprofundou ao estudar a Revolução comunista liderada por Mao Tse Tung (1949) e já adulto, com os processos de Reforma e Abertura (1978) do país asiático.

O presidente venezuelano expressou seu respeito ao povo e dirigência política “cuja humildade se expressa em poder ser uma grande potência e relacionar-se com os povos do mundo em termos de igualdade, respeito e compreensão”.

Anunciou que a Venezuela vai celebrar em 1º de outubro os 70 anos da proclamação da República Popular da China, país que superou diversas etapas históricas que o levaram a criar seu próprio modelo científico, tecnológico e industrial com um ritmo de desenvolvimento sustentável.

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