Ao receber hoje no Palácio da Moeda os chanceleres na atividade inicial da XII reunião do Grupo de Lima, que se efetua nesta capital, Piñera disse que o diálogo se exerceu na Venezuela durante demasiado tempo ‘sem dar nenhum fruto fecundo’.
Acrescentou que reabrir essa via com o presidente Nicolás Maduro, ‘é lhe fazer ganhar tempo e, por tanto, postergar a causa da recuperação da liberdade, da democracia e dos direitos humanos na Venezuela’.
A pergunta que se fazem analistas aqui é qual seria a solução para o mandatário chileno se no seu julgamento os caminhos da negociação não derem resultado.
Piñera também falou da atuação do Grupo de Lima -recusada pelas autoridades de Caracas- em relação ao país bolivariano, que segundo ele tem contribuído para colocar a Venezuela no debate público.
Assim mesmo chamou a dar ‘passos adicionais’ -sem dizer quais- e sugeriu fazer tudo o possível para que ingresse o telefonema ajuda humanitária na Venezuela.
Como se recordará, o mandatário chileno desempenhou um papel protagônico no show midiático com o qual em fevereiro último se tentou introduzir pela força suposta ajuda humanitária a Venezuela pela fronteira com a Colômbia, o que terminou em um rotundo fracasso e que foi muito criticado aqui em meios políticos e sociais.
Depois de sua reunião com Piñera, os chanceleres transportaram-se para o Hotel Sheraton, onde abrir até a tarde, quando no final da sessão os chanceleres do Chile e de Peru, Roberto Ampuero e Néstor Popolizio, respectivamente, farão públicas as conclusões da reunião.