Pretória, (Prensa Latina) O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa lamentou hoje a morte de Winnie Mandela, uma mulher à qual descreveu como a voz do desafio e da resistência frente à exploração e à repressão pelo regime do apartheid.
Em uma mensagem divulgada nesta capital, o chefe de Estado e Governo assinalou que Winnie foi campeã da justiça e da igualdade, e que durante toda sua vida contribuiu para a luta através do sacrifício e sua persistente determinação.
Sua dedicação às aspirações e desejos de liberdade de seu povo, precisou o Presidente, fizeram-lhe ganhar o amor e o respeito da nação.
Ramaphosa expressou que durante anos Winnie Mandela sofreu a brutalidade sem sentido do Estado do apartheid, com estoicismo e força, e que apesar de todas as privações que sofreu nunca duvidou que a luta pela liberdade e pela democracia triunfaria. Recordou que ao longo de sua vida foi uma incansável defensora dos despossuídos e marginalizados e foi a voz dos que não a tinham.
Exortou a ‘nos inspirar nas lutas que enfrentou e nos sonhos de uma sociedade melhor, para a qual dedicou sua vida’ e apontou que nos próximos dias, ‘enquanto choramos sua morte devemos refletir sobre sua rica, notável e significativa existência’.
Perdemos uma mãe, uma avó, uma amiga, uma camarada, uma líder e um ícone, e como sul-africanos transmitimos nossas condolências a seus familiares, a quem assegurou que sua perda é compartilhada.
Winnie Mandela morreu nesta segunda-feira (02/04) aos 81 anos em um hospital de Johannesburgo depois de uma longa enfermidade renal.
Considerada a Mãe da Nação, ela foi a cara da resistência e uma genuína representante da luta das mulheres durante os longos anos de enfrentamento à brutalidade do regime do apartheid.