Não há dúvida que Emmanuel Macron é um moço de recados da família Rothschild. Até a WiKi descreve as atividades desta família no seu eixo Londres-Paris:
Tanto o ramo britânico como o francês emergiram da Segunda Guerra Mundial com novas gerações da família ao leme. Os laços históricos de parceria entre os dois ramos foram revitalizados, levando em 2003 a uma fusão completa na Rothschild & Co. Os Rothschild criaram seus primeiros hedge funds em 1969 e reforçaram a sua posição como líder mundial na banca de investimento. Além disso, a empresa é um banco privado global com mais de 4.000 clientes privados em 90 países. A Rothschild & Co fornece uma gama completa de serviços a particulares, governos e empresas em todo o mundo.
Trata-se de um negócio financeiro clássico de movimentação de capitais, grande parte dos quais em numerário. Como quaisquer hedge funds, os da Rothschild têm analistas – omitiremos agora os seus problemas de qualidade – cuja tarefa é avaliar ameaças e efetuar análises probabilísticas destinadas a preservar e aumentar o capital. Assim, o facto de Macron pedir um convite para os BRICS NÃO É um ato de espionagem ou um Cavalo de Troia, de modo algum. Trata-se de tentar negociar, à margem da cimeira dos BRICS, o destino dos capitais da Rothschild. A trajetória do Ocidente coletivo está agora bem marcada e o crescimento da volatilidade e o declínio radical já estão em curso. Isto é uma situação muito má para o capital. O dinheiro adora a estabilidade e a calma.
Evidentemente, a verdade é que a Operação Militar Especial (SMO) já começou a gotejar junto àqueles analistas e para A família. Agora até mesmo um observador pouco refinado pode facilmente suspeitar a escala da mudança geopolítica em curso – ela é sem precedentes na história moderna. Ela é também metafísico – o dinheiro, mesmo em enormes montantes, não significa absolutamente nada se não assentar numa base firme de poder militar maciço e poder económico real. Assistimos não apenas o fim da hegemonia do Ocidente, pois uma mudança muito mais profunda está em curso – a morte do capitalismo financeiro e a revelação do dinheiro como uma mera ferramenta, não a substância. A desdolarização avança a um ritmo incrível. Basta apenas ver o exemplo de hoje:
Encontrar as alternativas ao dólar americano levará tempo, mas a dominância global do dólar “sufocou” muitos países e a África precisa de ter a sua própria divisa, disse George Sebulela, presidente da Confederação Empresarial Unida Africana (AUBC), à RT na quarta-feira. Sebulela disse que se os países africanos tivessem a sua própria moeda isso tornaria mais fácil o comércio entre si e mesmo com outros países. “O que os EUA fizeram com a dolarização realmente sufocou muitos países de um modo ou de outro”, afirmou. “Se você não se seguir a linha, fica sob pressão porque tem de utilizar está divisa”, disse Sebulela acerca do dólar americano. Considerou ainda que a questão para a União Africana será “como é que começamos, com um continente vasto, que tem tantas grandes oportunidades, a ter a nossa própria divisa que possa tornar o nosso comércio muito mais fácil, mesmo com outros países?” Esta é uma discussão que também está a verificar-se no grupo BRICS, disse Sebulela.
Apenas uma nota entre muitas:
A Rússia pagou os dividendos dos projetos petrolíferos Sacalinas 1 e 2 em yuanes chineses, uma mudança em relação à sua prática habitual de pagar em dólares, graças às sanções ocidentais contra a Rússia. A decisão de pagar em moeda chinesa, ao invés do tradicional dólar americano, veio após a exclusão da Rússia dos sistemas de pagamentos globais dominados pelo dólar americano, na sequência das sanções generalizadas decorrentes da guerra na Ucrânia.
E como é que se pode fazer isto, perguntam muitos? Simples – porque você tem as melhores forças armadas do mundo e uma economia que pode facilmente pagar e abastecer essas forças, permitindo ao mesmo tempo que o país cresça. Qaddafi não tinha isso – era líder de uma pequena nação árabe com muito dinheiro e um poder militar e económico mínimo. Ele queria uma alternativa ao dólar americano – e foi morto. Não se pode fazer o mesmo à Rússia, porque aqueles que o tentam são mortos da forma mais violenta. E essa é a diferença. A Líbia não podia produzir tanques modernos, a Rússia produz mais de 1.200 por ano, todos de última geração. Evidentemente, este facto “chegou” finalmente à família Rothschild e eles tentam desesperadamente encontrar o lugar para parquear as suas enormes fortunas, antes que elas se evaporem devido ao colapso da moderna civilização ocidental.
Macron é apenas um zelador, nada mais. Daí o “por favor, convidem-me para a cimeira dos BRICS”. É também uma tentativa desesperada de agarrar as mangas de Putin e Xi e tentar ser ouvido por um minuto. As fortunas da família Rothschild querem ser guardadas pelos S-400 e T-90Ms com SU-57, ao invés dos Patriot PAC3 e Leopard-2s. É isso – não há mais nada a dizer.
junho/2023
[*] Analista militar. Algumas das suas obras podem ser descarregadas aqui.
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