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sexta-feira, 26 julho, 2024

Polêmico perdão “humanitário” a Fujimori gera protestos no Peru

AFP

HispanTV – No Peru, a libertação do ex-presidente Alberto Fujimori gera protestos. Manifestantes indignados denunciam que ele tem sangue nas mãos.

Esta quarta-feira, Alberto Fujimori, de 85 anos, deverá ser libertado com uma sentença proferida pelo Tribunal Constitucional por “razões humanitárias”. A este respeito, no Peru destacaram-se diferentes reações daqueles que o respeitam e daqueles que o consideram um ator de crimes contra a humanidade.

Então, são duas correntes que saíram às ruas; Por um lado, está a corrente com balões laranja, alegria e dança para comemorar a decisão do Tribunal Constitucional (TC), por outro lado, os manifestantes com flores e fotografias das vítimas que se dirigiram ao Ministério da Justiça em Lima para protestar contra o que consideram um “indulto ilegal para um criminoso e um assassino”.

Fujimori tornou-se o primeiro ex-presidente constitucional da América Latina a ser julgado e condenado em seu país por crimes contra a humanidade, que cumpria pena de 25 anos de prisão desde 2009 após ser considerado culpado de crimes contra a humanidade pelos massacres de Barrios Altos e La Cantuta, onde 25 pessoas foram assassinadas.

As reações não foram apenas internas. A Corte Interamericana de Direitos Humanos pediu às autoridades peruanas que não libertassem Fujimori até que a decisão fosse examinada.

Nas últimas horas, familiares das vítimas do caso Cantuta reuniram-se numa manifestação em frente ao Palácio da Justiça para manifestar o seu descontentamento.

Outro dos crimes contra a humanidade cometidos pelo ditador peruano é o referente às esterilizações forçadas em comunidades camponesas e indígenas.

Segundo relatos, mais de 6.500 mulheres foram vítimas desta prática, porém, segundo o Centro de Justiça e Direito Internacional, Cejil, mais de 217 mil mulheres foram esterilizadas sem garantia de seus direitos humanos. 

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