O presidente colombiano Gustavo Petro durante discurso em Nova York, EUA, 21 de setembro de 2022. (Foto: Getty images)
O presidente colombiano Gustavo Petro diz que Iván Duque não implementou o processo de paz com as FARC para criar dissidência, se desculpar e continuar com a guerra.
HispanTV – “As dissidências foram construídas pelo [ex-presidente colombiano, Iván] Duque (2018-2022), com o respeito que merece […] o objetivo era reconstruir as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para que o discurso do guerra”, garantiu Petro nesta sexta-feira.
Em entrevista concedida ao canal colombiano Caracol Televisión, o chefe de Estado destacou que alguns dos signatários da paz ficaram “presos” e foram praticamente forçados a se rearmar.
Em outra parte de suas declarações, Petro denunciou que os donos do narcotráfico não têm camuflagem, mas “têm poder político e econômico”, com o qual tem instado que as investigações judiciais se concentrem em “onde a cocaína vira dinheiro”.
Gustavo Petro habló en exclusiva con @NoticiasCaracol sobre la propuesta de paz total: “Las disidencias fueron construidas por Duque”.
También manifestó que “la oposición tiene que ser un poquito más inteligente”. Detalles en https://t.co/yqNEZK7rZ3 pic.twitter.com/AEQlQkKkhl
— Noticias Caracol (@NoticiasCaracol) September 23, 2022
Petro: cessar-fogo multilateral será considerado em questão de dias
O presidente colombiano, que chegou ao poder com a promessa de extinguir o conflito armado, deu os primeiros passos para retomar as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), último guerrilheiro reconhecido na Colômbia, suspendendo os mandados de prisão e extradição de 11 membros da quadrilha.
As negociações começaram em 2017 em Quito (Equador) durante o governo de Juan Manuel Santos e em 2018 foram transferidas para Havana. No entanto, durante o mandato do direitista Iván Duque, as negociações foram completamente paralisadas em 2019.
“Colômbia de Petro desativa situação que supera o conflito armado”
A violência na Colômbia disparou durante os quatro anos do governo Duque como resultado da rejeição da implementação do Acordo de Paz. E agora Petro quer enterrar o legado de Duque, a violência, conseguindo a paz com a guerrilha.