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quarta-feira, 15 maio, 2024

Peru: Um protesto de 10 dias para exigir a renúncia presidencial

Lima, 2 de julho (Prensa Latina) O Primeiro Encontro Nacional de Regiões e Povos Organizados acordou realizar 10 dias de protestos contra a renúncia da presidente Dina Boluarte, informou hoje um de seus porta-vozes, Jorge Pizarro.

Em declarações à Prensa Latina, Pizarro destacou que o encontro se baseou em desenvolver uma plataforma de luta consensual, deixando de lado questões carentes de unidade, para tornar o protesto mais efetivo, e realizá-lo de 19 a 28 de julho, culminando no dia da independência nacional.

Os objectivos, disse, são a renúncia do Presidente Boluarte e a pronta realização de eleições presidenciais e parlamentares antecipadas e um processo rumo à Assembleia Constituinte.

As delegações do interior prometeram enviar delegações de manifestantes a Lima e as da região sul andina de Puno, bastião da resistência contra o governo, ratificaram que contribuirão com mil para cada uma das 13 províncias desse território.

Pizarro também destacou que a mobilização acontecerá sobretudo na capital, mas não será chamada de “Tama de Lima”, nome que a imprensa adversa usa para apresentá-la como violenta.

Chamar-se-á Jornada Nacional de Mobilização Popular Permanente, indicou, a tempo de destacar a presença de representantes de organizações regionais, sindicais e agrárias, entre outras, de quase todas as regiões peruanas.

Além disso, participaram líderes de grupos de bairros populares de Lima e organizações nacionais como a Confederação Geral de Trabalhadores e a Central Unitaria de Trabalhadores.

Também a Central Nacional das Rondas Campesinas (formações populares de segurança cidadã rural) e o Comando Unitário Nacional de Luta.

Em suas primeiras deliberações, a reunião analisou relatórios internacionais que registram denúncias sobre violações de direitos humanos com um saldo de cerca de 70 mortes, a maioria civis mortos por armas de fogo, durante a primeira onda de protestos.

Pizarro acrescentou que a liderança do protesto vai considerar a possibilidade de solicitar observadores internacionais, a fim de evitar consequências como as registradas durante as mobilizações realizadas entre dezembro e março passado.

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