Entre os convocados pela mesa legislativa nesta quinta-feira estava o ministro responsável por Energia e Minas, Roberto Luque, que informou sobre a situação atual do setor, quais planos foram executados antes de sua posse e quais são os projetos futuros.
Luque esclareceu aos parlamentares que não tomou posse para investigar o assunto, mas para resolver a crise energética que o país atravessava naquela época, e que continua até hoje, apesar de os apagões estarem suspensos, disse.
No entanto, o proprietário destacou que “a soma de ações irresponsáveis e negligentes, somada à falta de celeridade, num problema que conhecemos desde dezembro, é impressionante e levanta suspeitas”. A denúncia foi apresentada”, afirmou.
Luque também foi questionado pelos legisladores sobre os testes de estimulação de nuvens que, segundo o Ministério de Energia e Minas, foram realizados nas últimas semanas.
Neste sentido, o responsável garantiu que “não há impacto ambiental” desta actividade e acrescentou que não houve efeitos.
Quanto à operação da hidrelétrica Coca Coda Sinclair, uma das mais importantes deste país sul-americano, o ministro Luque expressou que a situação ainda está em análise, pois há manutenções pendentes necessárias ao seu correto funcionamento.
“Preocupa-me que a manutenção que tinha de ser feita tenha sido adiada, mas se tirarmos agora de operação poderá causar outros problemas”, alertou.
Para a sessão desta quinta-feira também foi convocado o ex-ministro da Energia Andrea Arrobo, acusado pelo governo perante o Ministério Público de ter sabotado o sistema, juntamente com outros responsáveis.
Arrobo não compareceu à audiência e a presidente da comissão, Pamela Aguirre, lamentou a ausência da ex-funcionária que “quando esteve aqui mentiu, porque disse que não haveria mais apagões”, disse.
A Comissão de Fiscalização irá tramitar o pedido de impeachment contra Arrobo, por descumprimento de suas funções, depois que o Conselho de Administração Legislativa (CAL) classificou como pendente o pedido de acusação do ex-funcionário, apresentado em 24 de abril pelo movimento. apoiado por 40 membros da assembleia.
Segundo Ana Galarza, membro desse movimento político, o processo judicial contra Arrobo procura esclarecer as causas da crise energética no país andino que tem causado múltiplas perdas económicas em todo o território nacional, observou.
Em 16 de Abril, a Presidência emitiu um comunicado em que acusava altos funcionários, incluindo o antigo Presidente Arrobo, de esconderem intencionalmente informações cruciais sobre o funcionamento do sistema energético.
Como apontam, os apagões “não responderam apenas a circunstâncias ambientais, mas também a actos de corrupção e negligência sem precedentes” e o défice energético no mês de Abril ficará entre 22 e 27 gigawatts por dia.
Entretanto, o Parlamento censurou Fernando Santos, ex-ministro de Energia e Minas durante a gestão do ex-presidente Guillermo Lasso (2021-2023), por “incumprimento de deveres no exercício do seu cargo”.
Os legisladores consideraram que o ex-funcionário da Lasso é um dos principais responsáveis pela atual crise energética.