O Governo Nacional, encabeçado pelo presidente do país, participará nesta sexta-feira em uma cerimônia oficial para honrar as vítimas da invasão de 20 de dezembro de 1989, que se realizará no Jardim de Paz, segundo nota oficial.
A data foi mais que reivindicada com esta declaração, porque é ‘uma reinvindicação histórica do povo panamenho que enfrentou uma invasão sangrenta que deixou entre cinco e sete mil mortos e desaparecidos, e principalmente deixou uma sociedade sem curar suas feridas’, declarou à Prensa Latina Cecilio Simon, sobrevivente da invasão.
Com esta declaração, começam a ‘curar as feridas que se produziram durante essa invasão; faz falta agora que os causantes da invasão reconheçam que eles efetivamente produziram esse dano’, afirmou Simon, quem integra atualmente a autodenominada Vanguarda Torrijista.
Disse também que aqueles que ‘tomaram o poder montados sobre tanques norte-americanos e masacraram cruelmente um povo humilde que preparava sua festa de natal’, devem reconhecer o dano ao povo panamenho e também fechar essa ferida, em referência ao governo imposto pelos invasores, que assumiu o mandato em uma base militar estadunidense.
A Comissão 20 de Dezembro, criada para investigar, esclarecer e documentar os fatos sobre as vítimas mortais, anunciou que em janeiro irá exumar 14 restos mortais de uma fossa comum no cemitério Jardim de Paz da capital, para realizar sua identificação.