Panamá (Prensa Latina) Nas últimas semanas, o Panamá reportou a reativação de 70.073 contratos de trabalho suspensos, depois da abertura de várias atividades como parte do plano escalonado para reviver a economia nacional.
Segundo a entidade, do total dos que recuperaram seus postos de trabalho, 63% são homens e 37% mulheres, e dois-terços estão localizados na capital do país.
De acordo com o Mitradel, ao final de 2020, a taxa de desemprego será de 25% e entre os setores mais afetados se destacam comércio, logística, indústria, hotéis, restaurantes, serviços financeiros, administrativos, entretenimento e seguros.
Cifras do Instituto Nacional de Estatísticas e Censo revelaram que os setores mencionados representam em seu conjunto 941.583 postos de trabalho, ao mesmo tempo que contribuíram com três em cada cinco novos empregos gerados nos últimos cinco anos.
Em declarações recentes, o especialista em trabalho René Quevedo afirmou que os empregos ameaçados pela Covid-19 representam 49% da população ocupada até agosto de 2019, já o colapso do consumo e da demanda a curto prazo causará uma perda substancial de postos de trabalhos formais.
Explicou que a pandemia gerará este 2020 entre 250 e 300 mil novos desempregados, cifras que elevarão esta taxa para acima de 20%, e as Pequenas e Médias Empresas serão as mais afetadas.
‘A covid-19 arruinará a vida de muitas mais pessoas que as que adoecerem, e suas sequelas sociais serão piores que as sanitárias. Os jovens menores de 30 anos e as mulheres não são necessariamente a população mais propensa a contrair o vírus, mas sem dúvida serão as principais vítimas da pandemia social que trará ao país’, sentenciou Quevedo.
Com a reabertura neste mês de outubro de várias atividades como shoppings, o turismo, restaurantes e os voos internacionais, entre outras, a economia nacional começa a mostrar alguns sinais de reanimação, depois de sete meses de uma paralisia quase generalizada.